Interior

Após mais uma morte, fronteira protesta em defesa de mulheres

Moradores de Pedro Juan Caballero e Ponta Porã fazem ato hoje à tarde em cidade onde estudante brasileira foi morta

Helio de Freitas, de Dourados | 23/08/2018 10:35
Erika de Lima Corte foi morta na madrugada de segunda em Pedro Juan Caballero (Foto: Arquivo)
Erika de Lima Corte foi morta na madrugada de segunda em Pedro Juan Caballero (Foto: Arquivo)

Moradores de Pedro Juan Caballero e Ponta Porã se unem na tarde desta quinta-feira (23) para protestar contra a violência que vitima mulheres moradoras das cidades-gêmeas na fronteira do Paraguai com o Brasil. O ato “sem fronteiras contra todo tipo de violência contra a mulher” começa às 17h, no centro de Pedro Juan.

Com a mensagem “Nós queremos viver livres e sem medo”, o protesto é motivado pelo assassinato da estudante brasileira Erika de Lima Corte, 29, que cursava medicina em Pedro Juan Caballero.

Ela foi encontrada morta na madrugada de segunda-feira (20) no pensionato onde morava com outra estudante brasileira. Moradora de Pontal do Araguaia (MT), Erika sofreu 19 golpes de punhal, no peito e no pescoço.

O eletricista paraguaio Cristopher Andrés Romero Irala, 27, está preso desde a madrugada de ontem como principal suspeito de matar a brasileira.

Ele também é acusado de assassinar outra mulher. No dia 14 de agosto de 2012, a estudante universitária paraguaia Daisy Patricia Benítez Gómez, 26, foi estrangulada, esfaqueada e teve parte do corpo queimado, em Pedro Juan Caballero.

Após ficar um tempo foragido, Cristopher se apresentou e chegou a ser preso, mas por falta de provas acabou sendo liberado.

Agora, a justiça paraguaia decretou a prisão dele pela morte da brasileira. O eletricista se mantém em silêncio sobre as acusações. No Paraguai, onde a lei do feminicídio começou a vigorar em 2018 e estipula pena de 25 a 50 anos de prisão, houve 4.280 casos de violência contra a mulher no ano passado.

Cristopher Irala está preso em Pedro Juan Caballero (Foto: Divulgação)
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