Interior

Após aumentar 80%, dengue recua em janeiro, mas saúde mantém alerta

No ano passado, foram confirmados 3.625 casos de dengue e três pessoas morreram em decorrência da doença em Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 23/01/2017 12:55
Prefeitura mantém mutirões após levantamento apontar infestação de 1% dos domicílios (Foto: Divulgação)
Prefeitura mantém mutirões após levantamento apontar infestação de 1% dos domicílios (Foto: Divulgação)

Depois da epidemia registrada no ano passado, são poucos os casos de dengue notificados nas primeiras semanas de 2017 em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. De acordo com o Núcleo de Vigilância Epidemiológica, até agora surgiram dez pessoas com sintomas da doença e nenhum caso confirmado por enquanto.

Na primeira semana de janeiro de 2016, a saúde pública tinha notificado 270 casos suspeitos. Já na primeira semana deste mês foram cinco casos.

Em todo o ano passado foram registradas 5.124 notificações de dengue na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. Desse total – que ainda é parcial, já que existem algumas amostras aguardando resultado de exame -, 3.625 foram confirmados.

Epidemia – Em comparação a 2015, o número de pessoas infectadas com a dengue em Dourados aumentou pelo menos 80%. Naquele ano, dos 3.217 casos notificados, 2.008 foram confirmados. Três pessoas morreram com dengue ano passado em Dourados. Em 2015 não teve nenhuma morte em consequência da doença.

“Em função da chuvarada que teve a partir de novembro de 2015, os casos de dengue explodiram no verão de 2016, mas agora em 2017 a doença ainda está controlada”, afirmou ao Campo Grande News Rosana Alexandre da Silva, do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses).

Outras doenças – Além da dengue, Dourados teve sete casos notificados de febre chikungunya em 2016, mas nenhum caso foi confirmado. Outros 51 suspeitos de zica foram registrados na cidade e 17 foram confirmados.

Segundo ela, apesar do baixo número de casos suspeitos de dengue agora em janeiro, é preciso manter o alerta. “Tanto o serviço público de saúde quanto os moradores não podem baixar a guarda. Tem que continuar cuidando do quintal para evitar água parada”.

A bióloga orienta os moradores a cuidarem do interior da casa e dos quintais todos os dias. “Sempre depois de uma chuva fraca, como tem acontecido quase todos os dias, a água já pode ficar acumulada e permitir a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Por isso tem que evitar os criadouros”.

Rosana disse que o CCZ mantém os mutirões de limpeza nos bairros e orientação para a população. “O Liraa [levantamento sobre a presença do mosquito da dengue nos domicílios] mostrou 1% de infestação, um índice considerado de alerta”, explicou.

Segundo ela, além dos mutirões as equipes de combate à dengue continuam cumprindo a lei que prevê multa para quem não limpa o quintal, principalmente os reincidentes. “O pessoal sempre volta nas casas onde tem foco e se o problema continua, o morador é notificado”, informou Rosana.

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