Interior

Após ameaça de presos, casal acusado de estuprar criança vai para presídios

Promotor de Justiça que fez audiência de custódia classificou o caso como “selvageria” e disse nunca ter visto crime tão brutal

Helio de Freitas, de Dourados | 01/08/2016 08:08
Vanilson e Rosiane estão presos por tortura e estupro que provocaram morte de criança (Foto: Sidney Bronka/94 FM)
Vanilson e Rosiane estão presos por tortura e estupro que provocaram morte de criança (Foto: Sidney Bronka/94 FM)

Rosiane Peixoto, 28, e o marido dela Vanilson Espíndola Argueiro, 28, acusados de torturar, espancar e estuprar uma menina de três anos de idade, que morreu quinta-feira (28) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, foram levados para presídios depois de serem ameaçados por outros presos na carceragem da 1ª Delegacia de Polícia.

Ela foi para o presídio feminino de Jateí, a 292 km da Capital, e Vanilson levado para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Os dois estão com a prisão preventiva decretada pela Justiça.

Os dois foram presos na tarde de quinta-feira após a denúncia sobre os maus-tratos contra a criança chegarem ao Conselho Tutelar. Desnutrida e desidratada, a menina, que era sobrinha do casal, foi socorrida ao Hospital da Vida, mas morreu na mesa de cirurgia, por volta de 21h de quinta-feira.

De acordo com policiais da cidade, de quinta para sexta os dois permaneceram em uma cela na delegacia, pois os outros presos não sabiam o motivo da prisão.

Na sexta à tarde eles foram levados junto com outros detentos para a audiência de custódia no Fórum e lá os presos souberam o motivo da prisão. Quando voltaram para a delegacia, passaram a ser ameaçados de morte e foram levados às pressas para os presídios.

Selvageria – O promotor de Justiça João Linhares Júnior, que fez a audiência de custódia do casal e pediu a prisão preventiva dos tios acusados de estuprarem a menina, disse nunca ter atuado em um caso tão brutal. Ele classificou o ocorrido como “selvageria”. Os tios vão responder por tortura e estupro de vulnerável, ambos crimes hediondos.

Segundo João Linhares Júnior, o Ministério Público Estadual espera a conclusão do inquérito civil e os laudos para instaurar ação penal contra os acusados.

“Os acusados já foram ouvidos em juízo e o Ministério Público vai garantir o direito público, pois foi um ato de selvageria que ocasionou revolta e indignação na população local”, disse o promotor.

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