Interior

Apesar de novas restrições, cidades turisticas de MS seguem abertas no feriadão

Corumbá, Ponta Porã e Coxim seguem com as medidas anteriores, mas revelam que podem mudar de ideia

Nyelder Rodrigues e Gabriela Couto | 31/05/2021 18:22
Rio Paraguai circulando o antigo porto de Corumbá, ponto histórico e turismo da cidade (Foto: Arquivo/Silvio Andrade)
Rio Paraguai circulando o antigo porto de Corumbá, ponto histórico e turismo da cidade (Foto: Arquivo/Silvio Andrade)

Ainda é fácil achar vagas para o feriado em hotéis e pousadas nos principais destinos turísticos de Mato Grosso do Sul. Parece que diante do avanço do coronavírus, a população anda ressabiada com possíveis medidas que venham impedir o acesso de turistas e as reservas andam fracas. Mas o que se vê em relação as administrações municipais é o contrário.  Apesar de restrições em decretos recentes, as prefeituras não parecem preocupadas com o fluxo nos municípios a partir de quinta-feira.

Corumbá não pretende adotar nenhuma medida especial para o feridão de Corpus Christi, que começa na próxima quinta-feira (3). Com isso, por ora, seguirá em prática na cidade o decreto atual, que apenas impõe toque de recolher a partir das 21h.

"A gente vem trabalhando para manter o equilíbrio entre a economia e a saúde, mas isso depende muito da consciência da maioria da população. O lockdown é uma medida extrema e que não queremos adotar, mas se a situação não melhorar, vamos sim optar por salvar a vida das pessoas", frisou o prefeito Marcelo Iunes (Pode).

Iunes se restringiu a fazer apelo ao público, inclusive, no site da prefeitura, para evitar que seja necessário rigidez no controle de circulação e concentração de pessoas, além da abertura de estabelecimentos diversos.

Corumbá restringiu em 30% da capacidade total em mercados e estabelecimentos semelhantes e também interditou a Orla e a Prainha do Porto Geral, permitindo-se nesta apenas o embarque e desembarque de pessoas e cargas. 

Eventos em casas noturnas foram proibidos, mas casamentos, aniversários e batizados, com lotação de 50 pessoas, estão permitidos. Já as igrejas podem receber no máximo 100 pessoas ou 30% da capacidade.

Lá, como no Governo do Estado, os servidores municipais também receberam ponto facultativo na sexta-feira (4). De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, ao ser procurada pela reportagem, não está descartada a possibilidade de serem feitas mudanças até quarta-feira (2), véspera de feriado.

Em Bonito, passeios estão liberados com até 50% da capacidade. (Foto: Divulgação)

Bonito - Principal polo turístico de Mato Grosso do Sul, Bonito ainda tem vagas nos principais hotéis da cidade. O prefeito editou hoje um decreto impondo várias restrições para a população em geral, mas permitindo a atividade turística.

Quem explora o setor pode permanecer funcionando, desde que obedecidas as normas gerais - como 50% da capacidade dos ambientes e o toque de recolher às 21h. A grande mudança, que pode afastar os turistas é a Lei Seca, que começa a vigorar nesta terça (1º) e 14 de junho suspende atividades com "potencial de aglomeração", como boates, casa de festas, exposições, congressos e clube de lazer. Além disso, a comercialização de bebidas alcoólicas foi proibida no período.

Em contraponto, o decreto frisa que "ficam autorizados todos os hotéis, pousadas, albergues, pensões, campigns, casas de aluguel, flats e todos meios cadastrados no AirBNB e outras plataformas digitais o exercícios de suas atividades comerciais".

Agências e operadoras de turismo também estão liberadas de funcionar, assim como os atrativos turísticos e a presença de vendedores ambulantes nas ruas, abertura de bares e conveniências, além de tabacarias - contudo, sem o consumo de narguilé no local. O produto, ao lado de bebidas alcoólicas e tereré, não pode ser consumido na rua.

Em Ponta Porã o comércio, por enquanto, está liberado durante o feriadão. (Foto: Divulgação)

Ponta Porã - Polo turístico de compras nacionalmente conhecido, Ponta Porã faz divisa com o Paraguai e recebe milhares de turistas nos feriados prolongados, em busca das ofertas de produtos no país vizinho, abaixo do preço encontrado no Brasil. Por lá, nenhuma decisão para impedir o aumento de circulação de turistas foi definida até agora.

"Provavelmente na quarta-feira (2) vamos ampliar as restrições todas, tanto de regras de circulação, quanto de horário. Agora estamos ouvindo técnicos para ficar respaldado da decisão", explica o prefeito da cidade fronteiriça, Hélio Peluffo (PSDB). 

Por ora, vigora desde o dia 28 o toque de recolher das 21h às 5h, com previsão de seguir assim até o dia 9 de junho, também com a realização de festas proibida. Contudo, bares, restaurantes, mercados, igrejas e academias, além de salões de beleza, bancos, cartórios, e lojas podem funcionar, desde que com 30% da capacidade.

Coxim - Outra cidade famosa por ser destino turístico em Mato Grosso do Sul é Coxim, que na sexta-feira (28) publicou um decreto definindo algumas regras, mas garante que em breve pode publicar novo documento com normas atualizadas e específicas para o feriado. A promessa é de rigidez, mas sem interferir diretamente no turismo ou impedir o acesso de quem vem de outras cidades.

Mas Coxim também terá um mini lockdown de  4 dias. "Vamos fechar a partir de quarta-feira às 21h e reabrir só na segunda-feira, às 5h. Manteremos a vigilância sanitária e o trabalho da fiscalização. Apenas os serviços essenciais ficarão abertos. A regra é evitar aglomeração, mas não vamos proibir de entrar na cidade", declarou à reportagem o prefeito Edilson Magro (DEM).

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