Interior

Para resolver falta de água, poço vai custar R$ 35 milhões e demorar 1 ano

Priscilla Peres, enviada a Aparecida do Taboado | 04/02/2015 14:36
Diretor da unidade da Sanesul explica sobre projeto que vai custar milhões. (Foto: Alcides Neto)
Diretor da unidade da Sanesul explica sobre projeto que vai custar milhões. (Foto: Alcides Neto)
Captação de água é feita de um córrego na entrada da cidade. (Foto: Alcides Neto)

Há 13 anos o município de Aparecida do Taboado - distante 481 km de Campo Grande, começava enfrentar problemas com a distribuição de água captada de um córrego para a população. Com o passar o tempo a situação se agravou e agora a falta de água nas residências é constante.

A prefeitura e a Sanesul (Empresa de Saneamento Básico de Mato Grosso do Sul) atribuem o problema ao sistema arcaico usado pela distribuidora e o aumento populacional que resultaram em uma crise hídrica. Para tentar solucionar o problema, um poço tubular profundo que vai captar água do Aquífero Guarani começou a ser perfurado no fim de janeiro.

Porém, os moradores que já sofrem com a falta de água terão que esperar mais pelo menos um ano para ter o problema resolvido, pois esse é o tempo que a obra vai demorar para ser concluída. Além disso, a prefeitura e a Sanesul informam que irão investir R$ 35 milhões no "poção", como é chamado na cidade.

O supervisor da unidade de Aparecida do Taboado, Julio César Viana, explica que a produção de água está no limite e em épocas de maior consumo, como fim de ano, falta água para a população. Isso acontece por que o sistema de limpeza da água utilizado pela ETA (Estação de Tratamento de Água) é antigo e quando a água está mais escura o processo fica muito mais lento.

"No ano passado o nível de água da represa Córrego do Campo, onde é feita a captação, baixou muito e tivemos que fazer um aterro na vazante lá por outubro. Agora temos água, mas quando chove e a água fica escura demoramos muito tempo para limpar", explica Júlio César.

Máquinas já estão trabalhando na perfuração desde a semana passada. (Foto: Alcides Neto)

Crise - A prefeitura alega que a perfuração vai beneficiar moradores dos bairros Chácara da Boa Vista, Jardim Brandini e Jardim Primavera e os novos loteamentos, localizados na parte alta da cidade que têm dificuldade com a pressão da água.

Esses bairros da chamada parte alta da cidade sofrem diariamente com a falta de água. A dona de casa Carla Cristina Martins, 44, explica que todo o dia falta água. "Já chegamos a dormir sem tomar banho. Por que a água só chega de madrugada e de manhã acaba de novo. Quem não tem poço fica sem", diz.

O prefeito Robinho Samara (PR) admite que a situação é critica. "Estamos furando um poço pra pegar o Aquífero, que vai resolver o problema de água que se alastra há 12 anos. O crescimento da cidade e o não acompanhamento da estação de tratamento de água e em virtude dessa seca também, nós estamos com um problema seríssimo de falta de água"

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