Cidades

Instituto Federal atrasa entrega de obras orçadas em R$ 47,2 milhões

Aline dos Santos | 10/05/2014 09:51
Instituto Federal, que está com obras atrasadas, teve a troca de comanda na segunda-feira (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)
Instituto Federal, que está com obras atrasadas, teve a troca de comanda na segunda-feira (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)

Obras de R$ 47,2 milhões atrasadas, descumprimento contratual de empreiteiras e um festival de contratos de alugueis. O retrato é do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), que teve o comando trocado pelo MEC (Ministério da Educação) nesta semana.

O reitor Marcus Aurélius Stier Serpe foi substituído por Maria Neusa de Lima Pereira. Ela foi cedida do quadro de servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima. A nova reitora chegou a Campo Grande no último dia 5 e realiza reuniões. Ela, que ainda não falou com a imprensa, fica no cargo até a realização do processo interno para escolha do reitor.

As obras em atraso são em Campo Grande, Três Lagoas, Corumbá, Jardim e Naviraí. Segundo a assessoria de imprensa do IFMS, a unidade em Dourados está dentro do cronograma e será concluída neste ano. Orçado em R$ 5,5 milhões, o prédio começa a funcionar em 2015.

Já na Capital, a nova previsão é de que a obra no bairro Santo Antônio seja concluída no segundo semestre deste ano. Dos cinco blocos, três estão prontos e dois, em processo de conclusão. Segundo a Coordenação de Obras e Manutenção do instituto, o atraso foi decorrente de não cumprimento de prazo por parte da empreiteira. O custo é de R$ 14,9 milhões e o contrato foi assinado em 2009.

Na falta da “casa própria”, o IFMS aluga por R$ 24,6 mil mensais uma sede provisória na avenida Júlio de Castilho, bairro Panamá, em Campo Grande. No mês passado, mais um aluguel: a instituição locou um imóvel na rua Ceará, ao lado do prédio da reitoria. Com dispensa de licitação, o contrato tem validade de dois anos e custo total de R$ 528 mil. Por mês, o gasto será de R$ 22 mil.

A justificativa formal é que o espaço permitirá ampliação da oferta de cursos técnicos a distância. No entanto, o novo gasto seria para ter acesso ao estacionamento para veículos. A intenção é comprar o imóvel.

No interior, obra sem prazo – Em Corumbá, a 419 km de Campo Grande, é elaborado um novo cronograma. O contrato inicial foi rescindido em novembro de 2012 porque a vencedora da licitação descumpriu com suas obrigações. Em junho de 2013, a segunda colocada assumiu a construção. A obra tem valor de R$ 7,7 milhões.

Em Três Lagoas, o prédio de R$ 10,6 milhões aguarda vistoria do Corpo de Bombeiros. A unidade só poderá entrar em funcionamento após emissão do alvará de ocupação. Conforme o IFMS, os polos em Jardim e Naviraí estão em fase de licitação. Juntas, as cidades terão investimento de R$ 14 milhões. No entanto, a construção das unidades foi anunciada pelo instituto em 2012.

No Estado, dos sete polos em funcionamento, quatro têm sedes definitivas. A unidade Nova Andradina iniciou as atividades em 8 de fevereiro de 2010. Em Aquidauana, o campus definitivo começou a funcionar no dia 2 de setembro de 2013. Ponta Porã está em sede própria desde 30 de setembro de 2013. A unidade de Coxim entrou em funcionamento no dia 28 de abril de 2014.

O IFMS possui mais de sete mil estudantes matriculados em cursos técnicos de nível médio, educação a distância, graduação e especialização. O instituto tem 552 servidores efetivos.

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