Cidades

Inédito, aparelho contra fraudes não detectou ‘trapaceiros’, diz organização

Equipamento cedido pela Anatel reforçou a segurança em um processo seletiva em MS

Anahi Zurutuza | 21/08/2017 10:03
Movimentação em frente a um dos locais de prova neste domingo (Foto: Marcos Ermínio)
Movimentação em frente a um dos locais de prova neste domingo (Foto: Marcos Ermínio)

O aparelho usado pela primeira vez em um concurso em Mato Grosso do Sul e que é capaz de detectar sinais do uso de celulares e pontos eletrônicos por candidatos, não captou nenhum sinal de fraude. A informação é do secretário de Estado de Administração, Carlos Alberto Assis, e da delegada Maria de Lourdes Souza Cano, presidente da comissão organizadora do concurso.

O equipamento foi cedido pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para ser usado no concurso da Polícia Civil. Neste domingo (20), foram realizadas as provas para o cargo de delegado.

Com alcance num raio de até 470 metros, o aparelho tem precisão para mostrar para a organização da prova a sala onde poderia haver um candidato trapaceiro.

“Não detectamos nada. Só o fato da gente ter divulgado antes [o uso do instrumento] afastou possíveis ocorrências”, afirmou o secretário.

Maria de Lourdes explica que dois tipos de desrespeito ao edital do concurso foram flagradas. “Tivemos ocorrências rotineiras de eliminação, relacionada a infringências ao edital do concurso: celular ligado e portar arma de fogo, foram só estas duas situações. Ou seja, nenhuma ocorrência de fraude”.

A delegada também acredita que com o anúncio do uso do aparelho, se algum candidato tivesse a intenção de fraudar o concurso, desistiu. “A chamada da Anatel, inibiu qualquer tentativa de fraude, trouxe segurança, lisura para o processo”.

No domingo (20), Assis destacou que a tecnologia foi usada durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro, no ano passado, e destacou que não houve custo algum para o Estado.

Secretário Carlos Alberto Assis em entrevista ao Campo Grande News neste domingo (Foto: Marcos Ermínio)

Disputa - Para o concurso que oferece 30 vagas para delegado, 9.770 pessoas se inscreveram – concorrência de 325 candidatos por vaga.

No dia 17 de setembro, fazem as provas os interessados aos cargos de investigador e escrivão. São 28.492 inscritos para 100 vagas – disputa de 284 candidatos por vaga.

No total, 38.262 fizeram as inscrições para oferta as 210 vagas da seleção para a Polícia Civil. A administração estadual ainda não divulgou o número de faltosos.

Este é o concurso com maior número de inscrições na história dos 40 anos de criação de Mato Grosso do Sul, segundo o Governo do Estado.

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