Cidades

Índios terena invadem pela segunda vez fazenda Buriti em Sidrolândia

Paula Maciulevicius | 15/05/2013 09:15
Invasão em fazenda Buriti acontece dois anos depois de terenas ocuparem 3R, também da família Bacha. (Foto: Arquivo/João Garrigó)
Invasão em fazenda Buriti acontece dois anos depois de terenas ocuparem 3R, também da família Bacha. (Foto: Arquivo/João Garrigó)

Índios terena invadiram a fazenda Buriti, na região de Sidrolândia, na madrugada desta quarta-feira. O dono da propriedade, Ricardo Bacha, está em Brasília onde participa de uma audiência para discutir os conflitos e demarcações indígenas, com o ministro da Justiça. Segundo a dona da fazenda, Jussimara Bacha, cerca de 100 índios armados ocupam parte dos 300 hectares de terra.

Conforme Jussimara, por volta das 23h índios entraram na fazenda vizinha e fizeram um segurança refém. No início da madrugada, eles tentaram entrar pelos fundos da Buriti e chegar até a sede. Houve reação dos seguranças da propriedade e os indígenas recuaram.

Às 4h30, de acordo com a proprietária, os índios chegaram pela estrada. “Eles estavam gritando e atirando. A impressão que dava era de que eram 200 índios armados. Teve tiroteio, foi coisa de faroeste”, descreve Jussimara.

Agora pela manhã, a proprietária conseguiu visualizar cerca de 100 indígenas ocupando o pasto da fazenda. Na sede estão além de Jussimara e o filho, um casal de funcionários, três crianças e dois seguranças.

“A gente tem condição de tirá-los daqui só com a Polícia Federal que até agora não apareceu”, afirmou. A dona da fazenda foi categórica em dizer que não pretende deixar a sede da Buriti. “De jeito nenhum. Não deixo porque ela é minha e para mim isso não é coisa de índio. É coisa de bandido”.

A Polícia Federal afirmou que soube da invasão no início da manhã de hoje e que assim como a Funai, tem conhecimento da situação. Conforme a assessoria de imprensa, a Polícia Federal acompanha de perto a problemática indígena, mas não tem a intenção de ir até a área hoje. E que só deve ir até a fazenda se for acionada pela Funai para acompanhar uma negociação ou para o cumprimento de retirada compulsória determinada pela Justiça.

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