Cidades

Índios reclamam do abandono até em aldeia urbana

Redação | 05/11/2009 15:47

Apesar de viverem em uma aldeia dentro da cidade, indígenas da Marçal de Souza reclamam que se sentem excluídos. No local, eles apontam a falta de infra-estrutura, os constantes problemas provocados pela ausência de rede de esgoto e as condições precárias das ruas, que alagam quando chove, como provas de que vivem em situação precária.

A dona-de-casa Bartolina Dias de Souza, de 56 anos, conta que os bairros nos arredores da aldeia urbana são todos asfaltados, mas no local a poeira e a lama continuam causando transtornos.

Ela diz que as quatro netas que estudam na escola Sulivan Silvestre Oliveira têm que atravessar um lamaçal para chegar à aula. "Nos sentimos excluídos, as autoridades esqueceram de nós aqui", alega Bartolina.

Para a dona-de-casa Gisele Francelino de Souza, de 29 anos, o maior problema no local é a ausência da rede de esgoto. "As fossas das casas não suportam mais", revela.

Ela diz que o problema é comum na vizinhança e já virou rotina ter que chamar um serviço especializado de desentupimento, que custa cerca de R$ 80,00. "Você tira da boca dos seus filhos para pagar e não resolve", desabafa a índia Terena.

Gisele afirma ainda que, na tentativa de solucionar o problema, vários moradores fizeram outra fossa, quando a primeira entupia. Mesmo assim, passados alguns anos essa segunda também começou a entupir. "Vão encher o quintal de fossas e não vai resolver", avalia.

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