Cidades

Índios de MS ameaçam fechar Avenida Paulista em protesto

Redação | 22/10/2009 08:56

Pintados para guerra, mas ainda dentro do ônibus que levou grupo terena de Mato Grosso Sul a São Paulo, 90 índios estão preparados para interditar a Avenida Paulista, caso o TRF3 (Tribunal Regional da 3ª Região) não os receba ainda hoje em audiência para discutir a demarcação de terras na região de Sidrolândia.

O ex-administrador da Funai em Campo Grande, Jorge das Neves, já chegou ao TRF para tentar agendar a audiência, mas não foi recebido até o momento.

"Não temos como impedir o protesto dos índios. Eles decidiram que vão fechar a avenida se não foram recebidos", confirma Jorge, o representante oficial da Funai nas negociações com os terena.

Ontem, o grupo partiu de Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande, com destino à capital de São Paulo. O ônibus foi fretado pela Famasul (Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul), depois de acordo para a desocupação de 3 fazendas invadidas no município.

Outro grupo terena permanece em uma das fazendas e diz que só saíra quando for determinado o andamento no processo de demarcação de aldeias localizadas em Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti.

A comunidade terena também invadiu a fazenda Petrópolis, do ex-governador Pedro Pedrossian, em Miranda, a 205 quilômetros da Capital, em uma ação organizada que eles chamam de "retomada".

Os índios ameaçam também entrar em propriedades rurais de Aquidauana e fechar as escolas indígenas em protesto pela paralisação de estudos de demarcação em Mato Grosso do Sul.

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