Idosa atropelada na Júlio de Castilhos estava de bengala
A idosa atropelada na manhã desta quinta-feira na avenida Júlio de Castilhos, em Campo Grande, caminhava de bengala.
De acordo com a aposentada Marlene Silva Souza, 70 anos, moradora da região, Elair Vargas do Amaral, 84 anos, foi atropelada quando atravessa a via de bengala e chinelo de dedo.
Para Marlene, o acidente pode ter sido causado pela falta de atenção de Elair, pois, segundo ela, o caminhão não estava em alta velocidade, atravessou o cruzamento quando o semáforo estava verde e a vítima caminhava devagar.
Marlene mora há 30 anos na região e diz que é preciso mais atenção dos pedestres. Segundo ela, um idoso morreu atropelado na região há pouco tempo.
Na região, não há faixa de pedestres próxima e os pedestres se arriscam em meio aos veículos, como foi o caso de Elair.
O vendedor Fábio Roque, 27 anos, que trabalha em uma loja próxima ao local, conta que ouviu o barulho da batida do caminhão na idosa e saiu para ver o que havia acontecido. Quando chegou no local, viu que o veículo havia atropelado uma senhora que usava bengala.
De acordo com ele, o acidente aconteceu no meio da quadra, próximo a rua José Sobrinho, e não Luís de Albuquerque, como foi informado anteriormente, perto da avenida Tamandaré, logo após o caminhão guincho ter passado pelo semáforo, que estava verde para ele.
Para o vendedor, que já viu diversos acidentes na região, o ideal para reduzir o índice de colisões na região seria a instalação de redutores de velocidade.
O cabeleireiro Sérgio Barbosa, 53 anos, que há três trabalha em um salão perto do local do acidente, tem a mesma opinião que Fábio.
Para ele, é fundamental a instalação de redutores de velocidade. Ele conta que já viu várias colisões de veículos e que o acidente que matou a idosa foi o primeiro grave que viu.
Projeto - A Prefeitura de Campo Grande fará uma intervenção complexa em 6,8 km da avenida. A obra afetará diretamente quem mora, trabalha ou passa pela região. Os recursos de R$ 17 milhões são do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
O projeto prevê a padronização das calçadas, implantação de uma ciclovia paralela à via e revisão nos pontos de embarque e desembargue do transporte coletivo.
Na avenida, alguns trechos são complicados porque comércios invadem a calçada. Pode haver desapropriação para que o projeto seja efetivado.