Cidades

IBGE começa pesquisa inédita que vai coletar até urina e sangue

Evelyn Souza e Aline dos Santos | 14/08/2013 10:32
Professora foi a primeira a participar da pesquisa. (Foto: Marcos Ermínio)
Professora foi a primeira a participar da pesquisa. (Foto: Marcos Ermínio)

O Bairro Copharadio foi o primeiro a participar da pesquisa inédita do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que começou nesta quarta-feira (14), e vai avaliar a saúde da população. Os dados vão até coletar urina e sangue do morador para fazer um raio X da saúde pública no País. O relatório vai compor a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde).

Ao todo, 1.316 domicílios da Capital irão participar da pesquisa que é por amostragem. Em todo o Estado, moradores de 2.506 residências, espalhadas por 45 municípios devem receber a visita dos recenseadores e responder os questionários, que podem conter até 700 questões.

A pesquisa tem três estágios. No primeiro, todos os moradores devem responder as perguntas, algumas específicas para maiores de 60 anos, gestantes e para quem tem filhos menores de dois anos.

Em seguida, o recenseador realiza o exame antropométrico para verificar a altura, o peso, a circunferência do abdômen e a pressão arterial.

Por último, um dos moradores, maior de 18 anos é escolhido através de um programa instalado no palm top do pesquisador, para passar por exames de sangue e urina. Um técnico selecionado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) agenda uma visita e recolhe as amostragens na própria residência.

O exame de laboratório será realizado em 585 moradores de Mato Grosso do Sul.

 

Recenseadora realizando o exame antropométrico. (Foto: Marcos Ermínio)
Supervisor da pesquisa diz que três casas deverão ser visitadas por dia. (Foto: Marcos Ermínio)

A primeira a participar da pesquisa inédita foi a professora de educação física, Márcia Maria Cristaldo Maidana, 41 anos, moradora do Bairro Copharadio. Ela mora com o esposo, Pedro Centurião Filho, 52 anos, que é bombeiro militar e com a filha de 10 anos, que estava na escola.

Apesar de sigilosas, a professora falou sobre parte das questões ao Campo Grande News. “Eu respondi que já tive dengue e espero que depois desse levantamento, consigam melhorar o SUS. Demoraram oito meses pra diagnosticar que minha funcionária estava com pedra na vesícula", conta a professora.

Segundo Paulo Martins, supervisor da pesquisa em Campo Grande, 12 recenseadores devem visitar uma média de 3 domicílios por dia e a expectativa é de que o levantamento seja concluído em três meses.

A pesquisa que começou hoje em Campo Grande vai mapear diversas doenças e fatores de risco à saúde, como hipertensão, diabetes e a obesidade. O levantamento começa pelos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, Roraima, Amapá e Rio Grande do Sul e, nas próximas semanas, alcançará todas as unidades da federação.

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