Ibama acusa carvoarias de fornecer material ilegal
O Ibama acusa uma rede de carvoarias de fornecerem carvão vegetal nativo ilegal a uma siderúrgica de Corumbá, cidade que fica a 426 quilômetros de Campo Grande.
De acordo com investigações realizadas pelo Ibama e pela PF (Polícia Federal) desde o ano passado, as carvoarias operavam na ilegalidade e transportavam
cargas em excesso e sem cobertura legal, o que produziu uma fraude de 30 mil metros de carvão ilegais.
A quantidade é equivalente a 1,5 mil hectares de florestas nativas. Segundo o Ibama, a rede é composta por carvoeiros que seriam orientados por consultores técnicos e jurídicos experientes e contava com o comportamento passivo de proprietários
rurais, que se beneficiam com a abertura de áreas para pastagens a
custo zero.
Conforme informações do órgão federal, 90% dos carvoeiros ilegais são fornecedores da MMX, empresa de Eike Batista.
A investigação dos dois órgãos federais leva o nome de Operação Rastro Negro Pantanal e já multou cerca de 60 carvoeiros e 10 proprietários rurais, no total de R$ 15 milhões.
Foram suspensas as atividades de carvoejamento, supressão vegetal e aproveitamento de material lenhoso em diversas propriedades até conclusão de ação de Auditoria Ambiental.
De acordo com o Ibama, a empresa de Corumbá já havia sido multada por receber cargas ilegais e um rastreamento levou o órgão aos fornecedores.
Diamante Negro