Cidades

Ibama acusa carvoarias de fornecer material ilegal

Redação | 17/07/2008 18:45

O Ibama acusa uma rede de carvoarias de fornecerem carvão vegetal nativo ilegal a uma siderúrgica de Corumbá, cidade que fica a 426 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com investigações realizadas pelo Ibama e pela PF (Polícia Federal) desde o ano passado, as carvoarias operavam na ilegalidade e transportavam

cargas em excesso e sem cobertura legal, o que produziu uma fraude de 30 mil metros de carvão ilegais.

A quantidade é equivalente a 1,5 mil hectares de florestas nativas. Segundo o Ibama, a rede é composta por carvoeiros que seriam orientados por consultores técnicos e jurídicos experientes e contava com o comportamento passivo de proprietários

rurais, que se beneficiam com a abertura de áreas para pastagens a

custo zero.

Conforme informações do órgão federal, 90% dos carvoeiros ilegais são fornecedores da MMX, empresa de Eike Batista.

A investigação dos dois órgãos federais leva o nome de Operação Rastro Negro Pantanal e já multou cerca de 60 carvoeiros e 10 proprietários rurais, no total de R$ 15 milhões.

Foram suspensas as atividades de carvoejamento, supressão vegetal e aproveitamento de material lenhoso em diversas propriedades até conclusão de ação de Auditoria Ambiental.

De acordo com o Ibama, a empresa de Corumbá já havia sido multada por receber cargas ilegais e um rastreamento levou o órgão aos fornecedores.

Diamante Negro

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