Cidades

Homem leva cruz para protestar contra critério na distribuição de casa

Viviane Oliveira e Adriel Mattos | 29/04/2013 17:47
Para protestar, Élzio carregou a cruz da Base Aérea até os altos da avenida Afonso Pena. (Foto: Marcos Erminio)
Para protestar, Élzio carregou a cruz da Base Aérea até os altos da avenida Afonso Pena. (Foto: Marcos Erminio)

O marceneiro Élzio Moreira da Silva, de 49 anos, aproveitou a visita da presidente Dilma Rousseff à Capital para protestar contra as regras na distribuição de moradias populares da Emha (Agência Municipal de Habitação) e da Agehab (Agência Estadual de Habitação Popular).

A intenção era chamar a atenção da presidente, mas quando chegou à Base Aérea ela já havia embarcado para Brasília. Mesmo assim, Élzio não desistiu do protesto e percorreu a avenida Afonso Pena até a Cidade do Natal com a cruz nas costas, que pesa cerca de 30 quilos.

Segundo Élzio, ele e outras pessoas entraram com uma ação no MPE (Ministério Público Estadual) pedindo providências em relação à distribuição de moradia popular. “É inadmissível a demora na entrega de uma casa popular”, disse. Ele ainda afirma que é errado deputados e vereadores influenciarem nesse processo.

O marceneiro pede que seja implantando fila única para a espera da moradia. “Nós não concordamos com o sorteio das casas populares, é injusto”, afirma. 

A cruz, segundo Élzio, simboliza o sofrimento das pessoas que esperam pela casa, e trazia dizeres de vídeos publicados no YouTube sobre a "farra com as moradias populares". 

Ele finaliza dizendo que não fazia protesto, e sim propaganda do movimento, que se chama "Fila Única EMHA-AGEHAB".

Em Campo Grande, o déficit habitacional é de aproximadamente 35 mil residências. Na semana passada, outro grupo fez protesto contra a demora na fila de espera por uma casa nos cadastros dos órgãos oficiais. 

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