Cidades

Greve nas estradas criou "semana do saco cheio" para universitários

Com greve dos caminhoneiros, universitários ganharam dias de folga, mas opiniões sobre o tempo livre são divididas

Izabela Sanchez e Liniker Ribeiro | 01/06/2018 15:53
Alunos ganharam dias de folga, mas provas e calendários foram alterados (Fernando Antunes)
Alunos ganharam dias de folga, mas provas e calendários foram alterados (Fernando Antunes)

Com os 10 dias de greve dos caminhoneiros, que paralisaram as estradas, universidades de Mato Grosso do Sul suspenderam as aulas. A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), por exemplo, chegou a dar uma semana de "folga" aos alunos. O motivo é a falta de insumos, que ficaram bloqueados nas estradas. Dessa forma, os alunos ganharam uma “semana do saco cheio”, mas as opiniões se dividem na hora de avaliar o tempo livre.

A aluna do curso de nutrição da UFMS, Taianara Cordeiro, 20, aproveitou os dias de folga para descansar. “Foi muito bom porque nosso curso é integral então acaba sendo cansativo, pelo menos tivemos uns dias de descanso”. Ainda assim, para a estudante, os dias sem aula tiveram um lado ruim.

“Teve o lado ruim, como por exemplo, algumas provas que foram adiadas. Agora é esperar para ver como vai ficar o calendário”, emendou ela.

Thailine Mantovani, 19, também é aluna da Universidade e usou a folga para colocar trabalhos em dia. “Foi bom para colocar os trabalhos em dia. Chega no final do semestre e sempre tem muita coisa acumulada, então deu para fazer tudo com mais calma. Ficamos sabendo da suspensão das aulas por meio das redes sociais e e-mail da coordenadora do curso. A previsão é que tudo volte ao normal na segunda”, afirmou.

A aluna de engenharia mecânica da Anhanguera, Claudia Zenetti, 28, gostou dos dias sem aula, mas comentou que as provas acumularam-se.

“Foi até bom porque já estávamos com problema no sistema e atividades acumuladas, então deu pra organizar tudo. Apesar disso mexeu com o calendário, durante a copa, que teríamos 15 dias a mais, teremos aula e inclusive, prova em um feriado. As provas se acumularam, tinha dias que ia ter uma prova só e agoa terá mais”, declarou.

A aluna de enfermagem da Anhanguera, Ingrid Neves, 24, afirma que a suspensão das aulas irá prejudicar os alunos. “Atrapalhou o calendário e estávamos prestes a entrar em semana de prova e agora na véspera estamos sem aula, ela atrapalhou o conteúdo e no fundo saímos prejudicados. Faço parte de um projeto de extensão e até o projeto teve as atividades suspensas. Agora o jeito é estudar bastante, fazer os trabalhos complementares e colocar tudo em ordem”, afirmou.

As universidades e faculdades públicas e privadas da Capital retomam as aulas na próxima segunda-feira (4). A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) comunicou a retomada das aulas da graduação e da pós-graduação, na cidade universitária, em Campo Grande, e em todos os campi da instituição. A decisão foi tomada após a normalização da mobilidade urbana nas cidades onde a instituição está presente.

Já entre as particulares, a Uniderp confirmou a retomada das atividades acadêmicas depois de ficar sem aula durante esta semana. Já a UCDB, informou por meio de nota divulgada em seu portal que “nova avaliação da situação será feita e divulgada no domingo (3)”.

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