Cidades

Greve de professores começa com adesão parcial nesta quarta-feira

Aline dos Santos e Flávia Lima | 27/05/2015 08:12
Paralisação surpreendeu Rafael, que ficou sem aula hoje. (Foto: Marcelo Calazans)
Paralisação surpreendeu Rafael, que ficou sem aula hoje. (Foto: Marcelo Calazans)
Escola Adventor Divino de Almeida fechou em adesão à greve. (Foto: Marcelo Calazans)

O primeiro dia de greve dos professores da rede estadual de ensino começa com adesão parcial. Em Campo Grande, o cenário é de escolas fechadas a cadeado enquanto outras estão em plena atividade. Conforme a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação) 75% das 365 escolas fecharam no Estado.

No bairro Santo Antônio, os 1.087 alunos da escola Rui Barbosa têm dia letivo normal. De acordo com a diretora Tânia Mara Matos, foi feita uma votação entre os 70 professores e 40 funcionários administrativos e com um apertado placar, com apenas dois votos de diferença, a decisão foi de não aderir à paralisação. Ela não descarta que a situação se altere nos próximos dias.

A diretora explica que o clima ficou tenso para trabalhar diante da votação acirrada. Contudo, ela lembra que o calendário escolar em 2015 é “apertado”. Desta forma, restam as férias de julho, feriados e alguns dias de dezembro para a reposição. Conforme Tânia Mara, a situação afeta mais estudantes que farão Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

No colégio Otaviano Gonçalves da Silveira Júnior, os 500 alunos do ensino fundamental e médio têm aulas nesta quarta-feira. A direção informou somente que a decisão foi do corpo docente.

Nas escolas Joaquim Murtinho, Maria Constança de Barros e Adventor Divino de Almeida, cadeados fechavam os portões. No colégio Arlindo de Andrade Gomes, também não houve aulas. 

A greve surpreendeu o aluno Rafael Mariano, 17 anos. Ele conta que faltou ontem e não soube da paralisação. Então, o estudante, que mora no bairro Ana Maria do Couto, manteve a rotina de acordar às 6h e pegar dois ônibus para estudar. A rede estadual tem 365 escolas, 20 mil professores, 6 mil administrativos e 270 mil alunos.

Piso – Os professores recusaram proposta do governo de receber reajuste de 4,37% em outubro e a integralização do Piso Nacional do Magistério até 2022. Já os professores querem 100% do piso até 2018. Hoje de manhã os administrativo da Educação farão mobilização no Centro da Capital. À tarde, a direção da Fetems faz coletiva.

Conforme nota do governo, Mato Grosso do Sul paga o piso nacional para os professores, inclusive, 38,84% acima do valor. Enquanto o piso nacional é de R$ 1.917,78, o Estado repassa R$ 2.662,82. Mas, de acordo a administração estadual, 99,67% dos profissionais têm curso superior e recebem em média R$ 5.561,90 para carga horária de 40 horas semanais.

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