Cidades

Gerente do FIC por sete anos foi preso pelo Gaeco dentro de hospital

Filipe Prado | 05/02/2015 11:35
Edilson foi preso durante a operação Fantoche do Gaeco (Foto: Reprodução/Facebook)
Edilson foi preso durante a operação Fantoche do Gaeco (Foto: Reprodução/Facebook)

Depois de passar sete anos coordenando o FIC (Fundo de Investimento Cultural), Edilson Aspet Azambuja foi preso na tarde de ontem (4) durante a Operação Fantoche, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Após sair da Fundação de Cultura, Aspet coordena o Hospital Municipal de Ponta Porã desde o ano passado.

O Gaeco prendeu Aspet ontem dentro do hospital. O Campo Grande News entrou em contato com o hospital, mas ninguém tinha informação sobre a prisão do chefe da unidade hospitalar.

Aspet também coordenou o Circuito Sul-Mato-Grossense de Bandas e Fanfarras em 2012.

O Campo Grande News procurou a Prefeitura Municipal de Ponta Porã, através da assessoria de imprensa, para saber mais informações sobre Aspet. A assessoria afirmou que iria levantar informações, porém até o fechamento desta matéria não houve resposta.

Dos quatro mandados de prisão cumpridos em Campo Grande, um deles foi de Débora Gonçalves de Rezende, ex-secretária de Aspet. Conforme o advogado de defesa, Abel Nunes de Proença Junior, a mulher foi detida pelo Gaeco, prestou depoimento e foi liberada no final da tarde de quarta-feira.

Débora havia sido exonerada do cargo durante a troca de governo, pois era comissionada. As acusações da ex-secretária não foram mencionadas pelo Gaeco, de acordo com o advogado.

O ex-coordenador do FIC, Reginaldo Pereira Peralta, também foi preso durante a operação, acusado de desviar recursos usando notas frias. Ele ocupava a função de motorista para o Governo de Mato Grosso do Sul. Durante cerca de quatro meses ele coordenou o fundo.

A Operação Fantoche cumpriu cinco mandados de prisão e 14 de busca e apreensão em Campo Grande e mais cinco municípios do interior do Estado.

Conforme a assessoria de imprensa do MPE (Ministério Público Estadual), três mandados de prisão foram cumpridos em Campo Grande e um em Ponta Porã, todos envolvidos do desvio de verbas da cultura. O 5º acusado entrou em contato com o Gaeco e disse que irá se apresentar espontaneamente junto com o seu advogado, para prestar esclarecimentos.

A operação ocorre após seis meses de investigação conjunta com a 31ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de Campo Grande, se estendendo a apurações em Corguinho, Ponta Porã, Bodoquena, Angélica e Aquidauana.
Conforme a investigação, o Gaeco apura fraudes na liberação de aproximadamente R$ 500 mil para projetos culturais. No entanto, não foi esclarecido quando ao valor, em propinas, desviado desses

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