Cidades

Gato que tinha Bolsa Família já morreu há anos, diz dono

Redação | 24/01/2009 09:21

O ex-coordenador do programa Bolsa Família em Antônio João, Eurico Rosa, contou hoje ao Campo Grande News que o gato Billy, que recebeu durante 7 meses o benefício, já morreu há muitos anos. "Minha mulher teve esse gato há muito tempo, quando a gente ainda estava começando o namoro", confessa.

Sobre o escândalo que nesta semana veio à tona, Eurico diz que "se deu mal" porque não avisou a esposa sobre a fraude de ter inserido o gato no cadastro, para receber o Bolsa Família. "Ela não sabia de nada, quando o agente de saúde foi até lá em casa para perguntar onde estava o Billy, ela contou que era um gato", detalha Eurico.

O ex-servidor público, concursado desde 2006 e exonerado depois de descoberta a "maracutaia", diz que escreveu uma carta com pedido de desculpas à população e repassou à rádio local, a mesma emissora que em novembro deu o sinal para que a fraude fosse revelada.

Diante do sumiço da "criança" beneficiada pelo programa, a rádio começou a convocar os "pais" de Billy para a pesagem obrigatória. Como ninguém apareceu, o agente de saúde foi até a casa do ex-coordenador e a esposa acabou revelando a fraude.

Eurico conta que já recebia o benefício referente a um sobrinho da esposa, desde 2005, que realmente freqüenta o Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) e mora com o casal. Por "desespero", ele diz que resolveu inserir também o gato. "Estava passando por sérias dificuldades financeiras, e achei que não ia dar em nada", comenta sem detalhar quais contas eram essas.

Sobre perder o emprego, por apenas R$ 20,00 ao mês (valor da Bolsa), Eurico é curto. "Eu estava com problemas".

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