Cidades

Funai tem 18 dias para remover índios em Rio Brilhante

Redação | 07/08/2009 10:17

Vence no dia 26 deste mês o prazo de 90 dias dado pela desembargadora Marli Ferreira, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, para a Funai arrumar uma área para instalação dos 130 índios guarani-kaiowá que ocupam parte da fazenda Santo Antônio de Nova Esperança, em Rio Brilhante, desde fevereiro de 2008.

Em maio, às vésperas da data marcada para para a remoção dos índios, a desembargadora suspendeu o despejo a pedido do MPF (Ministério Público Federal) e deu "prazo improrrogável de 90 dias" para a Funai realizar estudos antropológicos na fazenda e arrumar outra área para instalação das famílias. Entretanto, até agora a Funai não fez a retirada das 36 famílias que antes de ocuparem a fazenda pertenciam à aldeia Panambi, em Douradina.

A suspensão dos estudos antropológicos em 26 municípios sul-mato-grossenses, determinada no dia 22 de julho pelo desembargador Luiz Stephanini e anunciada nesta semana pela Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária), preocupa os índios que ocupam a fazenda Santo Antonio de Nova Esperança.

"A gente achava que os estudos iam começar, mas até agora ninguém veio aqui fazer nada. Temos um prazo para sair daqui e não sabemos para onde vamos, com todas as crianças. Nossa vida é viver em barracos. De lá pra cá, de cá para lá", disse o cacique José Barbosa de Almeida, o Zezinho, segundo nota divulgada nesta sexta-feira pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário). De acordo com a assessoria do Cimi, hoje o cacique deve procurar o MPF (Ministério Público Federal) para saber como fica a situação do grupo.

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