Cidades

Fogo faz HR acelerar planos para acabar com Psiquiatria

Redação | 03/04/2010 10:03

O incêndio ocorrido em um apartamento do 5º andar do Hospital Regional Rosa Pedrossian fará com que a direção acelere os planos para acabar com a ala de psiquiatria do hospital, confirmou esta manhã, o diretor-presidente Ronaldo Queiroz.

Ronaldo disse que a ala sempre foi problemática e o perfil dos pacientes, geralmente dependentes químicos ou alcoólatras, é incompatível com os atendimentos do hospital, de alta complexidade. Além disso, ele considera necessário liberar leitos para os demais pacientes.

Segundo o diretor, os planos são deixar 12 leitos para desintoxicação aguda, mas que o paciente permaneça no local por no máximo 3 dias. Atualmente há 15 pacientes na ala, com capacidade para 18. Na segunda-feira haverá uma reunião no hospital para discutir providências para que os pacientes psiquiátricos não retornem para o hospital.

Os 15 pacientes serão removidos para locais como o Hospital Nosso Lar e casas de repouso mantidas por ONGs (Organizações Não Governamentais).

Ronaldo afirma que foi registrado boletim de ocorrência e que a perícia vai apontar com precisão as causas do incêndio. Há duas versões, uma de que um paciente, jovem dependente químico, teria tentado acender um cigarro usando fios de energia desencapados e acabou atingindo os colchões com faíscas que provocaram o incêndio. Outra é de que ele tenha incendiado os colchões intencionalmente, usando os fios, para fugir do local. Essa é a hipótese considerada mais provável pela direção do hospital.

"E ele fala que se não for embora vai por fogo de novo", afirma o diretor do hospital. Segundo ele, nesta semana três pacientes receberam alta e este jovem queria ter saído. Em entrevista a uma emissora o rapaz conta que achou uma bituca de cigarro e tentou acender para fumar. Na mesma entrevista ele avisa: "Vou botar fogo denovo se não for embora".

Ele lembra do risco para os demais pacientes e funcionários do prédios, ressaltando que essa não é a primeira vez que funcionários denunciam pacientes usam fios desencapados para acender cigarros. "Poderia ter acontecido algo pior", diz.

Além da destruição de colchões, o fogo também exigiu que o oxigênio fosse cortado e a ala toda ficou comprometida, segundo a direção do HR. O incêndio foi controlado pelos funcionários do hospital. O diretor do HR diz que vai investigar o porquê de a brigada de incêndio não ter funcionado.

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