Cidades

Fiscais descobriram esquema após jovem ficar nervoso com a demora do gabarito

Graziela Rezende | 12/11/2013 11:37
Delegada mostra inquérito dos 22 flagrantes. Foto: Graziela Rezende
Delegada mostra inquérito dos 22 flagrantes. Foto: Graziela Rezende

O nervosismo do acadêmico do 9° semestre de Medicina na Bolívia, William Nascimento, aliado as diversas vezes em que ele pediu para ir ao banheiro, em duas horas de prova, foi suficiente para os fiscais descobrirem a sua fraude e de outras 22 pessoas durante o vestibular da faculdade de Medicina da Uniderp/Anhanguera. A prova foi realizada no domingo (10), em Campo Grande.

Segundo a delegada Ariene Murad Cury, responsável pelas investigações, os fiscais ressaltaram que William fazia a redação, enquanto possivelmente aguardava as respostas por meio do ponto eletrônico.

“O gabarito não vinha e ele permanecia com o ponto eletrônico. Com nervosismo aparente e o incômodo do aparelho no ouvido por conta do chiado, ele pedia para ir ao banheiro o tempo todo e foi descoberto após duas horas”, afirma ao Campo Grande News a delegada.

A partir do suspeito, outras pessoas foram descobertas, totalizando 22 flagrantes, já que um adolescente de 17 anos foi localizado com um celular, mas sem as respostas e por isso não foi “materializado” o crime, segundo a Polícia.

“Além dos candidatos levados a delegacia e autuados em flagrante, ainda apreendemos 20 pontos eletrônicos, um inclusive escondido em uma borracha e outro que foi abandonado no local da prova, além de 21 fones de ouvido, três celulares e cinco carteiras”, comenta a delegada.

Aluna no esquema ? - Outra suspeita que faz parte da investigação policial é uma mulher, acadêmica de medicina da Uniderp e outros dois taxistas. “Temos a identificação e a idade dela, que já foi reconhecida por outros estudantes. A suspeita é de que ela realizaria a prova e posteriormente passaria o gabarito. Já os taxistas entregavam os pontos para os vestibulandos que chegavam de fora, na saída da rodoviária”, diz a delegada.

Os objetos apreendidos passarão por perícia, além de uma medida cautelar sigilosa, no qual a Polícia tomará conhecimento das conversas anteriores a prova, conforme explica a delegada. O caso continua em investigação na Dedfaz (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes Fazendários).

Um dos pontos eletrônicos foi abandonado no local da prova. Foto: Graziela Rezende
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