Cidades

Família decide que menina não vai ler livro polêmico

Redação | 25/02/2010 10:03

A menina cuja família questionou o conteúdo de um livro adotado por projeto da escola particular de Campo Grande deve estudar no local apenas este ano. Segundo a tia que acionou a imprensa para reclamar da existência de palavrões e conceitos preconceituosos na publicação, também já está decidido que a criança, de 10 anos, não vai ler o livro.

Sobre a decisão dos pais de apoiar a escola e o projeto "Conversando com o autor", a tia diz que "apenas lamenta". O nome dela está sendo preservando pelo Campo Grande News para evitar a exposição pública da criança.

Publicitária, a tia disse que o pior do livro Dia 4, escrito pelo aluno do CNEC Vithor Torres, de 16 anos, não é a existência de palavrões nos textos e sim o teor preconceituoso de várias passagens.

Ela cita como exemplos, um trecho quem o aluno passa a chamar uma passageira do ônibus de "labradora idosa", afirmando que ele compara uma pessoa a um cachorro, ou ainda um outro em que conta ter aumentado o volume da música que ouvia durante a viagem e mesmo assim "continuava a ouvir os barulhos daquelas pessoas, com o perdão da palavra, desprezíveis e irritantes".

Para a publicitária, trechos assim apenas incitam ao preconceito. "No meu ponto de vista, crianças aos dez anos estão no início de sua formação como cidadãos. Como podemos dar-lhes um livro de caráter preconceituoso e com palavras esdrúxulas a elas? O que elas irão aprender?", indaga.

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