Cidades

Família de motociclista morto protesta contra cerol

Redação | 07/03/2009 08:30

Familiares do motociclista degolado no último domingo (1º) organizaram hoje um protesto contra o uso do cerol. A manifestação teve carros de som, faixas e cartazes pedindo a regulamentação da lei que proíbe a prática, com frases como 'Cerol, essa brincadeira mata'.

A intenção dos familiares é chamar a atenção das autoridades para a regulamentação da lei que proíbe o uso do cerol. Revoltados com o acidente, eles afirmam que o protesto serve também para que os pais prestem atenção nos filhos, e não permitam que eles continuem com a brincadeira perigosa.

Cerca de 100 pessoas estavam presentes no início da manifestação, que ganhava mais adeptos por onde passava. O trajeto escolhido foi a avenida Ernesto Geisel saindo da casa do motociclista no bairro Aero-Rancho até a avenida Manoel da Costa Lima, de onde retornaram para o local do acidente.

Uma viatura da Polícia Militar foi estava no local para garantir a segurança da manifestação. A Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito) acompanhou o percurso.

Segundo a família, a idéia de fazer um protesto contra o cerol surgiu no velório de Valdir Cavalcanti. Edmilson Rodrigues Cavalcanti, irmão de Valdir, afirma que apesar de o protesto não reverter o acidente, a intenção é evitar que a tragédia volte a se repetir. "A gente quer evitar que isso aconteça com outras pessoas", ressalta.

Segurando um cartaz dizendo que chora pela morte do motociclista, a mãe de Valdir, Maria Aldenora Cavalcanti, de 58 anos, afirma que quer justiça sobre o caso. Segundo ela, a regulamentação da lei contra o cerol é uma forma de proteger os outros três filhos, que também andam de moto. Seu apelo é para que as pessoas respeitem a vida dos motociclistas.

O receio de Pedro Rodrigues, de 32 anos, é que algum tempo após a morte do motociclista, a regulamentação da lei caia no esquecimento. "Se as autoridades esquecerem isso, as pessoas vão voltar a soltar pipa", diz.

Além dos familiares, estavam presentes amigos de Valdir e motociclistas que também querem a regulamentação da lei contra o cerol.

Acidente - O motociclista Marcos Aparecido de Oliveira Pardin, de 25 anos, também protestava pela regulamentação da lei. Na segunda-feira (23), ele teve o pescoço cortado por uma linha de cerol.

Pardin conta que ia para casa no horário de almoço pela avenida Marechal Deodoro, no bairro Coophavila II e não viu a linha. "Eu senti que tinha algo me serrando", lembra ele.

O motociclista afirma que foi um milagre ter sobrevivido ao acidente, mas sente pelo amigo que 'não teve a mesma sorte'. Indignado, ele pede a a regulamentação da lei. "Até quando vai ficar morrendo gente assim?".

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