Família de jovem preso pretende processar governo
A família de Diego Almeida Coimbra, 21 anos, preso na quarta-feira passada, sob suspeita de envolvimento na morte de Luiz Fernando de Oliveira, de 12 anos, pretende ingressar com ação por danos morais contra o governo do Estado.
Diego foi apontado por testemunhas como suspeito de ter disparado o tiro que matou o menino no dia 12 de outubro, no bairro Nova Lima. O rapaz conta que quando saia da casa de um amigo, na quarta-feira de manhã, foi abordado por policiais, derrubado no chão e algemado.
"Eu fui humilhado e estou correndo o risco de perder o emprego", afirma o rapaz, que trabalha como servente de pedreiro e em uma pizzaria. Ele defende que a polícia tem de investigar e deter suspeitos, mas alega que foi muito humilhado e que apanhou e nem sequer havia provas contra ele.
Hoje o rapaz foi liberado depois que a proprietária da pizzaria em que ele trabalha foi à delegacia e disse que ele estava no estabelecimento na hora em que o adolescente foi baleado. Ela se dispôs, inclusive, a fornecer imagens do circuito interno de segurança que comprovam que ele trabalhava nesta hora.
Além disso, Maxuel Bispo Costa Hurtado, de 21 anos, confessou ter feito o disparo que atingiu Luiz Fernando. Em depoimento Maxuel disse que estava na garupa de uma moto, conduzida por um adolescente e que com um revólver calibre 38 efetuou três disparos com intenção de atingir Anderson, conhecido como "Careca" e que é membro de gangue.
Um dos tiros acidentalmente atingiu Luiz Fernando que seguia para um carrinho de lanches, acompanhado da mãe.
Diego acredita que quem o apontou como envolvido no crime seja justamente Anderson, mas não revela quais motivos ele teria para isso.
A mãe do rapaz, Valdirene Almeida Santos, 39 anos, cobra agora que as autoridades admitam publicamente que o rapaz não tem qualquer envolvimento no crime. "Ele ficou com o nome sujo", diz. Ela afirma que Diego já teve envolvimento com gangues e tem passagem pela polícia, mas que "agora consertou e está com mulher e com filho para nascer". A esposa de Diego está grávida de oito meses.
Diego afirma que assim que o inquérito for concluído pretende ingressar com ação por danos morais e materiais