Cidades

Família culpa hospital de Antônio João por negligência

Redação | 22/02/2009 16:10

A família de uma jovem de 17 anos, que foi internada na quarta-feira (25), no Hospital de Antônio João, para ter um filho, acusa o estabelecimento por negligência médica pelo fato de a criança ter nascido morta. Segundo Iridium Gonçalves Vilhalba, 46 anos, pai da jovem, o parto era para ter sido feito mediante cirurgia, contudo, o médico de plantão decidiu realizar parto normal e a criança nasceu morta.

Iridium conta que sua filha chegou ao hospital por volta das 9h20, sendo sua operação marcada para às 10h. O respectivo médico, identificado como Paulo, saiu do local nesse horário e só retornou às 18h.

Sobre argumentos de que a jovem de 17 anos tinha condições suficientes de enfrentar um parto normal, o médico começou a realizar o parto somente às 23h. O pai da jovem conta que o médico e mais duas enfermeiras conduziram sua filha à sala de parto e como, em determinado momento, perceberam que a criança ficara presa, decidiram realizar a cirurgia.

"Minha filha contou que eles a machucaram muito e quando viram que a criança não ia sair, quiseram fazer a cirurgia pela barriga. Meu neto nasceu morto", declara Iridium.

O avô da criança morta conta que após a cirurgia, o médico ficou nervoso e disse que o bebê havia nascido com problemas cardíacos. Contudo, uma médica que acompanhava a gestação da jovem, descartou a possibilidade, segundo Iridium.

O pai da jovem falou que processaria o hospital por negligência médica e contou que foi procurado por uma vereadora da cidade, que já foi diretora do estabelecimento de saúde, que tentou fazê-lo mudar de idéia. Não atendendo ao pedido da parlamentar, Iridium esclareceu que registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil da cidade.

Inexplicavelmente, o médico que fez a cirurgia da filha de Iridium pediu demissão do hospital ainda na semana passada. Iridium ainda reforça que na delegacia de Antonio João vários boletins de ocorrência já foram registrados culpando o hospital da cidade por negligência médica.

A reportagem tentou entrar em contato com a direção do hospital, mas não obteve êxito. Um funcionário do hospital informou o número do telefone celular do diretor, identificado como Adalberon Alves Xavier, contudo, o celular estava desligado.

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