Cidades

Falta do Plano de Manejo facilita ocupação do parque

Redação | 11/08/2009 14:55

A falta do Plano de Manejo do Parque Estadual do Prosa favorece a ocupação desordenada do Parque dos Poderes, considerada como "zona de amortecimento" da área de conservação ambiental.

Segundo o gerente de unidades de conservação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Leonardo Tostes Palma, na região têm de ser respeitadas regras para que o Parque do Prosa não sofra impactos negativos, que anteriormente era tratado como reserva ambiental, e foi criado oficialmente em 2002.

A partir desta data, constitucionalmente, o prazo seria de cinco anos para a publicação do Plano de Manejo do Parque do Prosa em Diário Oficial, o que até hoje não ocorreu.

De acordo com o gerente, alguns problemas são cruciais para a ocupação desordenada do Parque dos Poderes. O primeiro deles é que a maioria das zonas de amortecimento, que funcionam como cinturões de proteção, em outras cidades, fica na zona rural, o que não acontece em Campo Grande.

Desta forma, a prefeitura tem liberdade de conceder licenças ambientais sem a anuência do Estado. Entretanto, segundo Leonardo Tostes, seria prudente que as duas esferas administrativas trabalhassem juntas, já que o Plano Diretor da cidade é muito amplo e não restringe a ocupação habitacional no Parque dos Poderes.

Para discutir esta questão, foi criado um grupo de trabalho, composto por técnicos do Planurb e do Imasul. Eles tentarão entrar num consenso, para que o Plano de Manejo do Parque do Prosa seja fechado com as diretrizes apontadas pelas duas esferas de poder.

Além de delimitar o território da zona de amortecimento, o Plano de Manejo do Parque do Prosa vai impor regras para a ocupação do Parque dos Poderes, captação de águas pluviais, esgotamento sanitário e outras medidas que visem preservar a unidade de conservação ambiental.

O Parque Estadual do Prosa Possui área de 135 hectares onde ficam nascentes importantes, como do córrego Desbarrancado e do Joaquim Português. Dispõe de trilhas para prática de esportes radicais e também abriga o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres).

Está localizado no domínio dos Cerrados (chapadões recobertos por cerrado e penetrados por florestas e galerias) e pertence à bacia do Paraná. O parque apresenta basicamente três formações vegetacionais: Cerrado, Cerradão e Mata Ciliar.

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