Cidades

Exército Boliviano irá combater tráfico na fronteira

Redação | 21/05/2010 08:06

O governo boliviano irá reforçar a presença militar em regiões de fronteira com Brasil e Paraguai, áreas onde foi detectada a crescente presença de narcotraficantes, assassinos e quadrilhas colombianas, disse ontem o presidente em exercício, Alvaro García.

O anúncio foi feito depois de denúncias de tráfico de drogas no departamento de Santa Cruz, no leste do país e fronteiriço com Brasil e Paraguai, onde houve enfrentamentos entre grupos criminosos com o envolvimento de policiais. O departamento faz fronteira com o MS.

"A locomotiva da Constituição e das leis são as Forças Armadas (que servirão) para a maior presença territorial e (para) acabar com micro-exércitos de narcotraficantes e mercenários que estão começando a crescer", afirmou Alvaro García à agencia AFP.

De acordo com o presidente em exercício, será formado um "comando conjunto na Chiquitanía (nas planícies do departamento de Santa Cruz, fronteiriço com o Estado e o Mato Grosso) para levar várias unidades militares a esta região".

"Vamos ter a presença nas próximas semanas e meses garantindo soberania territorial", disse Garcia, ao referir-se às regiões que fazem fronteira com terras brasileiras e paraguaias onde, além do tráfico de drogas, também existe um amplo comércio ilegal de armas.

A medida visa especialmente o departamento de Santa Cruz, onde é detectada uma crescente atividade do narcotráfico.

Em Santa Cruz, a região mais próspera da Bolívia, foram descobertos nas últimas semanas vários laboratórios de cocaína dirigidos por colombianos, e ocorreram seis assassinatos, incluindo o de três guarda-costas sérvios, em um aparente ajuste de contas entre narcotraficantes, de acordo com reportagem do Jornal do Brasil.

A Bolívia, com 195 toneladas ao ano, é o terceiro produtor mundial de cocaína, atrás de Colômbia e Peru, segundo um informe emitido em março pelos Estados Unidos.

Paraguai

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