Cidades

Escolas usam tecnologia para suprir defasagem do ensino na Capital

Viviane Oliveira | 05/12/2013 17:43
Grupo Brilhantina, da Escola João Carlos Flores, abriu a apresentação dos trabalhos nesta manhã. (Foto: Viviane Oliveira)
Grupo Brilhantina, da Escola João Carlos Flores, abriu a apresentação dos trabalhos nesta manhã. (Foto: Viviane Oliveira)

Os trabalhos de 82 escolas Estaduais de Campo Grande foram expostos na 2ª mostra do projeto Conecta Escola na manhã desta quinta-feira (5), na Explanada dos Ferroviários. O projeto foi criado com intenção de recuperar a defasagem de aprendizagem utilizando os recursos de tecnologia.

De acordo com a diretora do Núcleo de Tecnologia Educacional, Tânia Rute Ossuna de Souza, com o projeto o aluno aprende de forma dinâmica e na prática, além de se envolver mais com a escola.

Tânia explica que apenas uma sala de cada turno participa do projeto e o critério para a escolha é sempre a turma que tem baixo desempenho. “A gente vê o desenvolvimento do aluno, quando começa a melhorar a nota e o interesse dele pelas atividades”, afirma.

Os trabalhos são vários, desde grupo de dança tirado de um filme até um sarau que envolve tecnologia, português e literatura. A professora Renata Cespede, responsável da sala de tecnologia da Escola Estadual Professora Maria Rita, no bairro União, diz que com a ajuda de outros professores e do envolvimento dos alunos montou uma escola sustentável e uma horta vertical, feita através de garrafas pets.

O projeto que o professor Alexandre desenvolve na escola já ganhou dois prêmios. (Foto: Viviane Oliveira)
Professora Renata explica como fez a horta na escola. (Foto: Viviane Oliveira)

Antes do projeto, os alunos da sala que eram conhecidos pelo baixo desempenho, passaram a ser destaque pelo envolvimento e pela vontade de tornar uma ideia em realidade. “Primeiro foi passada a parte teórica depois colocamos a mão na massa para tirar do papel o projeto”, conta Renata.

O ano que vem a turma escolhida na Escola Maria Rita será outra, pois o objetivo de despertar o interesse pelos estudos foi alcançado pela classe.

Orgulhoso com o resultado dos trabalhos na Escola Estadual Olinda Conceição Teixeira Bacha, no Bairro Buriti, o professor de Filosofia e História, Alexandre Gonçalves, termina o ano letivo com a sensação de dever cumprido.

Os projetos desenvolvidos na escola, Agência de Publicidade e Jornal Digital, ganharam dois prêmios e o professor Alexandre chegou a ir para Praga, a Capital e maior cidade da República Checa, para representar o Brasil. “Lá nós não ganhamos, mas trouxe mais ideias e aprendi que o segredo para prêmio está na simples vontade de transformar a vida do aluno”, destaca.

E foi transformando que um grupo de alunos montou um livro de poesias sobre o Estado, na Escola Teotônio Vilela, no Bairro Universitário II. “O resultado foi surpreendente”, diz Gladys Gabriely de Souza Santos, de 14 anos.

Ela é uma das alunas que tem publicada a poesia no livro “Cada verso um olhar de Mato Grosso do Sul”. “É muito legal você ver um trabalho seu impresso em um livro”, finaliza sorrindo a adolescente.

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