Cidades

Empresários fazem adesivagem contra CPMF no centro

Redação | 13/11/2010 10:36

Presidentes da Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul), Fiems (Federação das Indústrias de Ms) e Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de MS) se reuniram hoje, no cruzamento da rua 14 de Julho com a avenida Afonso Pena, no centro de Campo Grande, para mobilizar a população, por meio de adesivagem, a entrar na luta contra a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

"Queremos que a sociedade entre na luta para pedir o fim da CPMF e com isso cobrarmos dos nossos deputados federais e senadores o comprometimento em votar contra a criação desse imposto", esclarece Eduardo Riedel, presidente da Famasul.

Na opinião de Edison de Araújo, presidente da Fecomércio/MS, o imposto cobrado via cheques precisa ser extinto. "Existem outros meios de se conseguir verbas para a saúde. Os nossos políticos devem ficar em alerta contra essa contribuição".

Já o presidente da Fiems, Sérgio Longen, explica que já foi comprovado que o governo federal não investe o dinheiro arrecadado pela CPMF na saúde. "O imposto deve ser abolido. Minha sugestão é que o governo aplique o superávit arrecadado pela receita em benefício ao sistema de saúde".

Pesquisa - Uma pesquisa realizada pela Fiems mostra que a arrecadação tributária tem aumentado nos últimos anos, assim como os valores gastos com a saúde.

O ano passado, o montante arrecadado ultrapassou R$ 1 trilhão, enquanto na saúde foram gastos cerca de R$ 61,5 bilhões. O que não implica, no entanto, que esse valor seja suficiente para solucionar os problemas do setor.

Os valores foram divulgados para mostrar que para investir mais na área da saúde é necessário, segundo a federação, melhor planejamento do dinheiro público.

O imposto deixou de ser cobrado em 2008, sendo que em 2007, o valor arrecadado com a CPMF foi de R$ 36,7 bilhões, enquanto a receita total ficou em torno dos R$ 900 bilhões.

Na quinta-feira (11), no auditório da federação, aconteceu o lançamento da campanha "Saúde sim, chega de imposto", que contou com a presença de representantes de todos as federações envolvidas.

A maioria dos empresários de Mato Grosso do Sul acredita que a CPMF não cumpriu seu papel que era o de melhorar a saúde, afinal, depois do fim do imposto cresceu a arrecadação.

Para que o imposto não volte à tona é que as federações estão se unindo no extermínio da CPMF e esperam que a campanha seja apoiada pela população sul-mato-grossense.

O movimento é apoiado pela OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul). O presidente do órgão, Leonardo Avelino Duarte, já disse que a entidade quer unir forças às federações para impedir que a proposta não seja levada adiante.

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