Empregos

Sindicato denuncia assédio moral em agências bancárias de Dourados

Angela Kempfer | 30/03/2011 16:20

O Sindicato dos Bancáriso da região de Dourados denuncia que os bancos Santander e Real estão fazendo a integração das duas instituições, mas quem paga o preço são so funcionários.

A entidade reclama da exploração ilegal do trabalho, com a exigência de uma espécie “de faz tudo” nas agências.

No dia 25 de março o Sindicato fez reuniões nas agências de Dourados para discutir o assunto.

"Os bancários agora são obrigados a fazer todo o serviço de retaguarda, como autenticação dos envelopes dos caixas rápidos, pagamentos e depósitos. Sem contar com a cobrança por metas. Como resultado, a jornada de trabalho é extrapolada diariamente e a vida familiar comprometida".

Segundo o Sindicato, nas duas agências do Santander em Dourados há assédio moral contra os funcionários, com ameaças de demissão.

O Sindicato dos Bancários de Dourados e Região denunciou as irregularidades ao órgão local do Ministério do Trabalho e Emprego, "que constatou as infrações em fiscalização iniciada em 12/01/2011 culminando com a lavratura de 06 (seis) autos de infrações, com relatório detalhado das irregularidades encaminhado ao sindicato em 18/03/2011, através do OFÍCIO/GRTE/MS/SEINT Nº 035/2011", lembra a entidade.

O mesmo relatório foi enviado ao Ministério Público do Trabalho e aponta desrespeito as leis como não conceder intervalo de 15 minutos para repouso/alimentação; não conceder intervalo para repouso/alimentação de, no mínimo 1 (uma) hora, para os bancários que cumprem jornada de mais de 6 (seis) horas; manter empregado trabalhando aos domingos sem prévia permissão da autoridade competente; prorrogar, além do estabelecido em acordo escrito ou convenção, a duração normal do trabalho do bancário; prorrogar a jornada normal, além do limite de 2 (duas) horas, sem qualquer justificativa legal; contratação por meio de terceiri-zação ilícita.

"Mas mesmo com todas essas autuações o banco espanhol não se faz de rogado. Continua pressionando os funcionários, descumprindo as leis brasileiras e desprezando os órgãos competentes como o MTE. O Sindicato não aceita este tipo de atitude e vem tomando todas as providências para coibir qualquer tipo de exploração e assédio moral", avalia em nota à imprensa.

O próprio Sindicato deve acionar judicialmente o banco.

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