Empregos

Canteiro de obras de fábrica está parado há 10 dias em Três Lagoas

Gabriel Neris | 24/01/2013 14:57
Trabalhadores de Três Lagoas decidiram entrar de greve (Foto: Ricardo Ojeda/Perfil News)
Trabalhadores de Três Lagoas decidiram entrar de greve (Foto: Ricardo Ojeda/Perfil News)

Cerca de 3,5 mil operários que trabalham na construção da fábrica de fertilizantes da Petrobras, em Três Lagoas, estão de braços cruzados há 10 dias. Hoje (24) à tarde será entregue a pauta aos representantes do consórcio UFN3, responsável pela obra, com 27 itens.

De acordo com o presidente da Fetricom/MS (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Mato Grosso do Sul), Webergton Sudário da Silva, houve reunião no período da manhã para definir a pauta que será entregue ao consórcio. Estiverem presentes na reunião representantes do Sintricon (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e do Mobiliário de Três Lagoas), do Sintiespav (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil), e da comissão de trabalhadores.

Inicialmente os operários não queriam negociar com os sindicatos, mas tiveram que acatar a determinação do desembargador Nery Sá e Silva de Azambuja da justiça do trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região. Segundo Webergton, houve avanço nas negociações já que a empresa receberá a proposta.

Entre as principais reivindicações estão a antecipação do reajuste salarial, o pagamento das horas “in itinere”, tipo de hora extra caracterizada no trajeto do empregado do trabalho a residência e vice-versa, 100% de horas extras aos fins de semana e feriados e 75% durante a semana, aumento da folga de campo, e a melhoria das condições e ambiente. Os operários também reclamam das condições nos alojamentos.

Os operários dizem que procuraram os sindicatos que representam a categoria há três meses, mas ninguém teria ouvido as reivindicações. Os trabalhadores então decidiram acionar a Conticom (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira) e a Fetricom/MS.

“São questões fáceis de ser resolvidas, não haveria a necessidade de uma paralisação se os sindicatos tivessem apurado as denúncias. Mas como isso não foi feito as reivindicações se acumularam”, afirmou o dirigente da Conticom, Valdemir de Oliveira.

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