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Candidatos vão acionar o MPF para cancelar concurso da PRF

Helton Verão e Bruno Chaves | 25/05/2014 18:49
Sem prova, candidato foi orientado a sair da sala com o gabarito. (Foto: Bruno Chaves)
Sem prova, candidato foi orientado a sair da sala com o gabarito. (Foto: Bruno Chaves)
Quatro viaturas da PM (Polícia Militar) precisaram conter os ânimos no local. (Foto: Bruno Chaves)
Cerca de 400 candidatos não conseguiram fazer a prova devido o problema (Foto: Bruno Chaves)

Candidatos que não fizeram a prova objetiva do concurso para agentes administrativos da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na tarde deste domingo (25) prometem acionar o MPF (Ministério Público Federal) para que ela seja cancelada. As provas que seriam aplicadas no Bloco E do Colégio Dom Bosco não chegaram e nenhuma explicação oficial foi apresentada aos inscritos.

Muito tumulto, vaias e confusão marcaram a aplicação da prova. Quatro equipes da PM (Polícia Militar) foram acionadas para conter os ânimos no local.

O pintor Valter Ferreira, 42 anos, foi um dos candidatos lesados. Ele reuniu pessoas na mesma situação para combinar a ação. “Conseguimos a lista dos candidatos que não fizeram a prova por culpa deste problema e amanhã vamos pedir ao MPF o cancelamento dela”, avisa Ferreira.

A prova estava marcada para ter início às 14h10. De acordo com os candidatos, várias explicações eram dadas por diferentes pessoas. “Uma falta de organização. Primeiro comunicaram o atraso de 30 minutos, depois de uma hora. Depois falaram que os malotes vinham de taxi, depois de outros colégios, outra hora de que foram extraviadas”, conta outro candidato, o empresário Altair da Silva Junior, 37 anos.

Os concorrentes a vaga contam que em certo momento foi afirmado pelos fiscais, que as provas dos candidatos faltosos de outros locais estavam sendo recolhidas pra trazer até o Dom Bosco.

Vários candidatos abandonaram o local indignados, após esperarem duas horas pela chegada dos malotes com os exames. “Não estou em condições psicológicas para fazer a prova”, comenta a assistente social, Alyssandra Moraes, 39 anos.

Alguns aspirantes ao concurso vieram do interior e outros estados para fazer a prova. Entre eles a militar Adriana Pinho, 38 anos, de Corumbá. “Faltou comprometimento e organização, isso pode prejudicar o concurso no Brasil inteiro”, ressaltou a candidata que após sair do local prometeu ir até a Polícia Civil registrar um boletim de ocorrência.

Segundo os candidatos, cada fiscal de sala agiu de uma forma que bem entendesse. Alguns entregaram o gabarito e os outros uma declaração como forma de confirmar que a pessoa esteve presente no local.

Três inspetores da PRF estavam no local. O inspetor José Ramão Mariano, ressalta que a responsabilidade do concurso é da Funcab (Fundação Professor Carlos Auguesto Bittencourt). “Eles são da banca examinadora e quem deve prestar esclarecimento do que aconteceu. A organização regional da Funcab deve apresentar um relatório e encaminhar para comissão nacional do concurso. A PRF local também deve fazer um relatório, independente de ocorrência ou não”, explica o inspetor.

Em Mato Grosso do Sul 11.549 pessoas se inscreveram no concurso. De acordo com Mariano, 400 pessoas deixaram de fazer a prova por falha na organização. 

Em Campo Grande, foram 12 escolas aplicando a prova. O único problema registrado aconteceu no bloco E do Colégio Dom Bosco.

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