Em sete meses 35 mortos nas BRs 163 e 060, segundo a PRF
Em sete meses a PRF (Polícia Rodoviária Federal) registrou 35 mortes nos locais de acidente, nas BRs 163 e 060, segundo reportagem do site Edição de Notícias. Foram 224 acidentes, que deixaram também 150 pessoas feridas.
No mês de julho, quando as férias elevaram o movimento, os números foram os maiores: 37 acidentes com 12 mortes e 22 feridos. A região é das que oferece mais risco devido ao grande fluxo de veículos pesados, para escoamento da produção.
As ultrapassagens indevidas lideram as causas destes graves acidentes, explica o inspetor Valtrudes Ferreira Machado, chefe da 6ª Delegacia de Coxim. Este tipo de infração teve a maior incidência de janeiro a julho, resultando em multas a 2.042 motoristas.
A ultrapassagem é considerada indevida em curvas, aclives e declives, sem visibilidade suficiente; nas faixas de pedestre e pontes. Porém, um problema constatado é a falta de sinalização, com faixa contínua, em boa parte da BR-163, considerada a mais perigosa do Estado.
Veículos parados em filas, situação comum devido às obras, também não podem ser ultrapassados. A infração é considerada gravíssima, além de perder sete pontos, o motorista é multado em R$ 191,57.
Além das ultrapassagens, o excesso de velocidade é outro fator presente em grande parte dos acidentes. A velocidade máxima permitida na BR-163, por exemplo, é de 80 quilômetros por hora. As infrações para quem trafega em velocidade superior pode ser média, grave ou gravíssima.
Quando a velocidade for superior à permitida em até 20% a infração é média, que implica na perda de quatro pontos e multa de R$ 58,13 e se estiver entre 20% e 50% é considerada grave, resultando na perda de cinco pontos e multa de R$ 127,69.
Velocidade superior à permitida em mais de 50% a infração é gravíssima e o motorista perde o direito de dirigir, sendo apreendido seu documento de habilitação. Além disso, o valor da infração que é de R$ 191,54 é multiplicado por três, resultando em multa de R$ 574,62.
O inspetor Valtrudes Ferreira afirma que a fiscalização tem de andar ao lado da conscientização dos motoristas, para que os índices diminuam. "Se os motoristas não se conscientizarem nem a duplicação da rodovia vai acabar com os acidentes", frisou.