Cidades

Em protesto contra Enersul, mulher queima móveis na rua

Redação | 18/10/2010 17:52

Wilma Freitas Ferreira, 54 anos, foi presa pela Polícia Militar nesta tarde, às 14h, quando queimava móveis na rua Argemiro Fialho, Vila Bandeirante, em Campo Grande, em protesto contra a Enersul (Empresa de Energia Elétrica de Mato Grosso do Sul).

Segundo Wilma informou aos policiais, a Enersul tinha deixado de fazer religação de energia elétrica e vistoria em sua casa. Orientada a parar com o protesto, a mulher sentou em cima de uma parte de um guarda-roupa que estava no meio da rua e disse que não sairia dali.

Foi então que dois policiais militares ergueram o móvel com a mulher em cima e o retiraram do meio da rua. Conforme a polícia, Wilma começou a gritar e chegou a acusar a polícia de estar batendo nela e a agredindo.

Em boletim de ocorrência registrado na 6ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande consta a informação de que ela teria dito que "a situação não ficaria assim", pois falaria com o governador André Puccinelli e com o deputado estadual Carlos Marun a respeito do ocorrido, visando denunciar a guarnição. Wilma ainda frisou que é parente de vários militares da polícia e do exército.

Depois ela passou a desacatar a guarnição, chamando os policiais de idiotas, estúpidos e retardados, de acordo com o boletim de ocorrência. Wilma foi presa e os objetos que estavam sendo queimados no meio da rua foram retirados da via pela polícia.

A moradora foi presa por perturbação da tranqüilidade, desacato e desobediência e se encontra no 6º DP.

Enersul - Em contato com a Enersul, o Campo Grande News foi informado de que na semana passada um caminhão com excesso de carga passou pela rua da casa de Wilma e arrebentou uma fiação local. A moradora trocou o padrão e pediu a religação.

No entanto, segundo a Enersul, quando uma equipe foi até a casa de Wilma constatou que ela tinha instalado em sua casa um padrão bifásico. Como a ligação é monofásica, o processo não pode ser feito.

Na tarde desta segunda-feira uma equipe da Enersul novamente se dirigiu até a casa de Wilma, mas não encontrou ninguém no lugar. A assessoria de imprensa da concessionária explica que, caso ela realmente queira a religação, terá que trocar o disjuntor ou instalar um padrão apropriado à carga de energia que sua residência pode suportar, que é o monofásico.

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