Cidades

Em depoimento, homem alega que era perseguido pela mãe

Redação | 28/01/2010 17:43

Durante depoimento prestado nesta tarde na delegacia de Polícia de Jardim, município que fica a 281 quilômetros de Campo Grande, Valdemar Scardin Carvalho, de 28 anos, alegou que era perseguido pela mãe, morta por ele a machadadas nesta manhã.

Além de Valdemar, foram ouvidas duas testemunhas que presenciaram o crime, mais os policiais da Rotai que efetuaram a prisão do rapaz.

Segundo o delegado Roberto Gurgel, não há indícios de que Valdemar estivesse sob efeito de entorpecentes no momento em que matou a mãe.

No depoimento, ele diz que não está arrependido do crime, embora reconheça que isso logo irá acontecer. Ele alega também que a mãe "queria fazer coisa errada" com ele, mas não especifica o que isso significa.

De acordo com o delegado, as informações dadas pelo rapaz são desencontradas e será solicitado exame de sanidade mental.

Entretanto, o delegado não acredita que ele tenha problemas mentais, mas sua conduta seja resultado da quantidade de maconha e de crack consumidos.

Policiais informaram que no momento da prisão ele não parecia estar sob efeito de drogas, apenas assustado. A versão foi confirmada pelas testemunhas.

Gurgel conta que o rapaz já possui mais de 20 passagens pela Polícia por ameaças contra a mãe.

Testemunhas - Matir Carvalho Scardin, de 58 anos, foi morta pelo filho nesta manhã com duas machadadas na cabeça. Denúncias feitas pela mulher à Polícia tiveram início em 2007.

Ela morava em uma residência alugada nos fundos de uma casa na rua Amazonas, em Jardim, e cuidava da proprietária da casa, uma idosa que morava na parte da frente.

Duas testemunhas que presenciaram o crime hoje contaram que na noite de ontem Matir e o filho discutiram e ele a empurrou, derrubando no chão.

Com medo, ela mudou sua rotina e passou parte da manhã na casa da frente. Os proprietários da casa chegaram a sugerir que a mulher procurasse a Polícia, mas ela não quis denunciar o filho novamente.

Por volta das 11h de hoje, enquanto a idosa, a filha dela e um neto de 21 anos almoçavam, Matir estava na copa falando ao telefone quando viu o filho aproximar-se já com o machado no alto.

"Ela só teve tempo de dizer para, filho", conta o delegado com base no depoimento das testemunhas.

Depois disso foi atingida por dois golpes, o segundo deixou o machado cravado em seu corpo.

O neto da idosa ainda tentou conter o rapaz jogando uma cadeira nele, mas Valdemar fugiu em seguida.

Ele foi preso a algumas quadras do local, prestou depoimento nesta tarde e será encaminhado para o presídio de Jardim.

De acordo com o delegado, ele irá responder por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por usar de um meio que impossibilitou a defesa da vítima.

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