Cidades

Em clima de ultimato, fazendeiros aguardam resposta final de Cardozo

Josemil Arruda | 11/06/2014 14:15
Ministro José Eduardo recebe em instantes grupo de fazendeiros de MS (Foto: arquivo)
Ministro José Eduardo recebe em instantes grupo de fazendeiros de MS (Foto: arquivo)

Num clima de ultimato, cinco produtores rurais, inclusive o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, devem se reunir daqui a pouco com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para a proposta de indenização das terras ocupadas pelos índios na região de Sidrolândia, que totaliza R$ 130 milhões, incluindo R$ 124,5 milhões pelas áreas e benfeitorias e R$ 5,5 milhões em decorrência de prejuízos com as invasões. A reunião está marcada para as 15h (horário de Brasília), mas até agora o grupo ainda não foi recebido pelo ministro.

“A expectativa é tentarmos finalizar essa negociação. Hoje é a última tentativa, porque da nossa parte já encerramos o que tinha para fazer, inclusive perícia, que foi muito bem feita tecnicamente”, informou o dono da Fazenda Cambará, Vanth Vanni. Indagado sobre os outros quatro produtores que estão esperando pelo ministro, ele informou: “Estão aqui o Chico Maia, Ricardo Bacha, Nelson Garcia e o Ademir”.

A princípio o governo federal se dispôs a pagar R$ 78 milhões de indenização os proprietários que tiveram terras ocupadas pelos índios em Sidrolândia. Agora estão sendo reivindicados R$ 124,5 milhões pelas terras e benfeitorias e “mais R$ 5,5 milhões pelos bens que desapareceram nas invasões, porque roubaram gado, destruíram objetos”, informou Vanth Vanni.

Hoje de manhã houve uma reunião de um grupo de produtores e o senador Delcídio do Amaral (PT) com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloísio Mercadante. Vanth Vanni, porém, não participou, mas considera que não tenha havido novidade nessa reunião.

Indagado sobre o que os fazendeiros farão se nessa reunião com o ministro da Justiça não houver progresso, Vanni avisou que o caminho será judicial. “Se não sair solução. Vamos conversar com nossos advogados e pedir reintegração de posse. Tudo que era preciso fazer tecnicamente já foi feito e não podemos mais esperar”.

 

 

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