Cidades

Em Aquidauana, Dia do Índio é comemorado em 4 aldeias

Redação | 19/04/2009 21:00

O Dia do Índio, comemorado nesse domingo, foi de muita festa nas quatro principais aldeias de Aquidauana: Limão Verde, Bananal, Ypeg e Água Branca. Em todas elas os índios da etnia terena dançaram, cantaram e abordaram questões como a perda da identidade cultural, através de peças teatrais.

A série de festividades começou na aldeia Limão Verde, quando cerca de 200 índios receberam a comunidade aquidauanense, o prefeito Fauzi Suleiman e o deputado estadual Maurício Picarelli, do PMDB.

Picarelli é autor do projeto de lei que cria o projeto de apoio às comunidades indígenas no Estado e aproveitou a ocasião para falar um pouco sobre a matéria. Segundo ele, o projeto determina que os povos indígenas de Mato Grosso do Sul recebam garantias de fornecimento de meios para sua auto-sustentação, com respeito as suas diferenças culturais, sendo disponibilizadas ações, programas e projetos elaborados pelo governo, sob análise dos índios, para este fim.

Por enquanto, de acordo com Picarelli, o projeto está tramitando na Assembleia Legislativa, mas ele quer colocá-lo em pauta o mais rápido possível.

O cacique da aldeia Limão Verde, Antonio dos Santos, ressalta que na reserva moram mais de mil índios. Ele defende a ideia de que os indígenas precisam de terras e também que não devem se desvencilhar de sua cultura, como tem ocorrido atualmente.

Na aldeia Bananal, segundo o cacique Carlos Hortêncio, vivem cerca de 6 mil índios, fator que transforma o local na maior aldeia de Aquidauana. Para ele, o Dia do Índio deve ser reverenciado, já que os indígenas fazem parte da cultura brasileira.

A aldeia Água Branca conta hoje com 186 famílias e é comandada pelo cacique Waldomiro Francisco. Até uma escola funciona no local.

Ele observa que tem sido muito discutida a questão de demarcação de terras e espera uma solução do governo do Estado para o impasse. Depois que isso for resolvido, ele alega que a data será comemorada com mais intensidade.

A quarta principal aldeia de Aquidauana, a Ypeg, é moradia para 1,6 mil índios. O cacique Chico Ramiro diz que a data simboliza muita coisa para os indígenas, já que é uma ocasião para todos meditarem sobre o que mudou em todo esse tempo nas aldeias, desde a época da colonização.

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