Cidades

Duas equipes da PF investigam desaparecimento de índios

Redação | 04/11/2009 09:20

Oito agentes da Polícia Federal divididos em duas equipes, comandadas por um delegado da delegacia da PF em Naviraí, investigam o desaparecimento dos professores índios Genivaldo Vera e Rolindo Vera, em Paranhos, município a 470 km ao sul de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai.

Segundo Bernardo Vera, pai de Genivaldo e tio de Rolindo, os dois desapareceram sábado à tarde após confronto com seguranças da fazenda São Luiz, a 50 km da aldeia Pirajuí. A área tinha sido invadida por grupo de 20 índios na quinta-feira. No sábado os seguranças expulsaram os índios da fazenda. Os dois professores não voltaram para a aldeia.

Os agentes federais foram ontem à fazenda São Luiz, mas não encontraram pistas dos professores. A PF não admite que eles tenham desaparecido e informa apenas que o caso está sendo investigado. O atendente da delegacia em Naviraí informou nesta quarta-feira que ainda não há informações sobre a investigação.

Uma moradora da aldeia Pirajuí, identificada como Ana, disse por telefone ao Campo Grande News que os professores ainda não foram encontrados. "Estamos desesperados. Não sabemos o que aconteceu com nossos patrícios", afirmou.

Bernardo Vera, o filho Genivaldo, o sobrinho Rolindo e outros índios ocuparam a fazenda São Luiz na quinta-feira. Bernardo afirma que no local existia o "tekoha" (morada) de seus pais e avós. Paranhos é um dos 26 municípios incluídos nas portarias da Funai para estudos antropológicos visando a ampliação das áreas indígenas.

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