Cidades

Dono de motel indiciado limpa imóvel abandonado

Redação | 03/04/2009 16:41

O cenário ainda é de abandono. No entanto, já não existem criadouros de transmissores de doenças no Motel Bom Vivant, cujo proprietário, Hugo Rodrigues Freire, 65 anos, foi indiciado ontem por crime ambiental.

As investigações feitas pela Polícia apontaram que o abandono do imóvel colocava em risco a vida da população porque favorecia a proliferação de animais vetores de doenças, entre elas dengue e esquistossomose.

Hoje pela manhã, havia funcionários para limpar a área do motel abandonado. Sem se identificar, eles revelam que desde ontem já faziam a limpeza do local.

Lorival Vieira, 64 anos, também foi contratado para cuidar do prédio em ruínas, com objetivo de evitar a ação de marginais. A funcionária de outro motel que fica próximo do local, que não quis se identificar, revela que constantemente são encontrados no local usuários de drogas, já que o vigia fica no Bom Vivant apenas durante o dia.

De acordo com o delegado titular da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), Fernando Villa de Paula, a situação observada ao longo das investigações levou ao indiciamento de Freire no artigo 54 da lei de crimes ambientais.

"Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora" tem pena de um a quatro anos de reclusão e multa.

Já nos primeiros meses do ano, a Decat instaurou dois inquéritos para apurar o mesmo crime em outros locais. Em 2008, o número foram 15 casos.

O delegado explica que para comprovar o crime e, consequentemente indiciar os responsáveis, são necessários laudos técnicos, feitos pela prefeitura e peritos do Instituto de Criminalística. "Só pode indiciar após os laudos. Não basta ter capim alto, ollhar o terreno e dizer que ocorre poluição.

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