Cidades

Delegado condenado em Dourados se afasta do cargo

Redação | 05/06/2008 15:59

O delegado Roberto Queiroz Coelho já não está mais atuando no 2ª Distrito Policial de Dourados, depois da decisão de ontem da Justiça que determinou o afastamento imediato dele, em razão da condenação por improbridade administrativa e enriquecimento ilícito. A sentença também determina a indisponibilidade dos bens do policial e a perda de R$ 450 mil em valores que teriam sido acumulados de forma irregular.

Apesar de ainda não ter decorrido o tempo processual para o afastamento ser oficializado, o delegado já não está atuando por orientação da defesa, que tomou conhecimento da sentença ontem, pela internet. O advogado que representa Coelho, André Borges, informou que orientou o cliente a se afastar preventivamente por respeito à decisão judicial.

Borges informou que vai recorrer da decisão no Tribunal de Justiça. Segundo ele, será protocolocado o recurso de apelação cível, pedindo o retorno do delegado às funções e ainda a reforma total da sentença.

Conforme o advogado, o policial está bastante abalado com a sentença. Coelho estava prestes a se aposentar, conforme o defensor. O afastamento é sem recebimento de salários.

A defesa alega que não existem provas cabais das irregularidades apontadas na ação civil pública proposta pelo MPE (Ministério Público Estadual).

A acusação aponta 16 atos irregulares cometidas pelo delegado, que vão de apropriação de bens de vítimas de crime, uso de documentos falsos, prestação de informações falsas sobre patrimônio e até o prejuízo a investigação de crimes por não adotar as providências necessárias.

Na peça de acusação, o MPE afirma que o delegado chegou a prestar serviços para  Hyran Georges Delgado Garcette, acusado de ser um dos chefes da máfia do cigarro contrabandeado em Mato Grosso do Sul. A defesa nega todas as denúncias.

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