Cidades

Degradação da Bacia do Alto Paraguai ameaça Pantanal

Redação | 25/05/2010 16:59

Apesar de ainda permanecer conservado, o Pantanal está vulnerável a problemas ambientais em função da degradação sofrida na parte alta da bacia do Alto Paraguai. Esta é a conclusão de um estudo realizado por um consórcio de ONGs que atuam no Estado.

O estudo apresenta um Pantanal ainda conservado se comparado a outros biomas, como Mata Atlântica, com 86,6% da sua cobertura vegetal natural preservada. A área, porém, pode sofrer com os impactos do desmatamento do planalto da Bacia do Alto Paraguai, que possui apenas 43,5% de sua vegetação nativa.

O diagnóstico, que será apresentado nesta quarta-feira, às 11 horas, ao governador André Puccinelli, também registrou um percentual maior de desmatamento no planalto. De 2002 a 2008, o lado brasileiro da BAP, onde está o Pantanal, teve uma perda de 4% de sua vegetação natural, contra 2,4% da planície.

Denominado Monitoramento das Alterações da Cobertura Vegetal e Uso do Solo na Bacia Alto Paraguai, o estudo foi realizado pelas ONGs Ecoa-Ecologia e Ação, Conservação Internacional, Fundação Avina, SOS Pantanal e WWF-Brasil e teve o apoio técnico da Embrapa Pantanal.

De acordo com a Ong Ecoa, o mapeamento apontou diferenças na ocupação do solo entre o planalto e a planície, onde está localizado o Pantanal. Enquanto o planalto caracteriza-se pela forte ocupação da agricultura e pecuária, na planície, a pecuária de caráter mais extensivo exerce menor pressão sobre a cobertura vegetal original.

O assoreamento causado por sedimentos da atividade agropecuária do Planalto é um dos maiores vilões enfrentados pelo Pantanal. A água que nasce nas partes altas corre para baixo, para a planície inundável. Por isso, segundo os pesquisadores, o estudo busca reforçar a necessidade de olhar para o Pantanal com uma visão de bacia hidrográfica e não apenas a região alagável.

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