Defesa de Agnaldo pede liberdade e convoca Antônio João
A defesa do jornalista Agnaldo Fereira Gonçalves, que matou o menino Rogerinho durante uma briga de trânsito em Campo Grande, deve entrar hoje com pedido de habeas corpus e arrolou o empresário Antônio João Hugo Rodrigues como testemunha na próxima audiência do caso, marcada para segunda-feira.
Na última audiência, realizada no dia 31 de maio, o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete, decretou, novamente, a prisão do jornalista. Agnaldo Gonçalves foi preso após o crime, no dia 18 de novembro.
Depois de 80 dias na prisão, ele obteve habeas corpus no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e foi solto em 8 de fevereiro deste ano.
Contudo, a acusação pediu que ele voltasse a ser preso por tentar obstruir a justiça, forjando uma separação para escapar à ação de indenização, no valor de R$ 1,3 milhão.
O juiz ainda solicitou informações sobre a separação do réu, realizada durante o período em que ele estava no presídio.
Já o advogado Valdir Custódio, que atua na defesa do jornalista, justificou que a separação foi motivada porque a esposa de Agnaldo descobriu em agosto de 2009 que ele teve um filho, de 27 anos, fora do casamento.
O jornalista se mudou para Praia Grande, em São Paulo, e apesar da prisão decretada continua em liberdade. A defesa vai entra hoje com pedido de habeas corpus. "Ontem, consegui ter acesso ao processo de investigação de paternidade, documento que vai instruir o pedido de habeas corpus", afirma.
Para a audiência da próxima segunda-feira, duas testemunhas foram substituídas pela defesa. Tânia Mara Garib, ex-secretária estadual de Assitência Social, pediu que seu nome fosse retirado e foi substituída por Sebastião Geraldo Pereira da Silva.
Já a testemunha Múcio dos Santos Pereira foi substituída por Antônio João Hugo Rodrigues. A terceira testemunha arrolada para a audiência é Emerson Belaus. O interrogatório do jornalista também está marcado para segunda-feira.
A briga de trânsito que culminou na morte de Rogério Pedra Neto, de 2 anos, ocorreu na manhã o dia 18 de novembro do ano passado. Durante a discussão com o tio do menino, Aldemir Pedra Neto, o jornalista efetuou quatro disparos, atingindo João Alfredo Pedra (avô de Rogerinho) e o menino, que foi baleado no pescoço, não resistiu ao ferimento. A família estava em uma caminhonete L-200 e o jornalista em um Fox.