Defesa culpa militar por morte e quer pena de 3 anos
O advogado de defesa do peão, Fagner Gonçalves, responsabilizou a vítima, o cabo do Exército Leonardo Sales da Silva, 20 anos, pelo tragédia de junho de 2008, quando ele foi arrastado por 15 quilômetros pela caminhonete F-4000 e morreu. Além de tentar transformar o crime em homicídio culposo, o advogado Abadio Rezende argumentou que se trata de destruição de cadáver, porque o militar já estava morto quando o condutor descobriu o corpo embaixo do veículo e o arrastou por mais seis quilômetros.
O júri de Gonçalves começou às 8h de hoje. A promotoria manteve a tese de homicídio doloso, que poderá resultar na condenação do autor por pena de 12 a 30 anos de reclusão. O Ministério Público Estadual quer a condenação do peão por homicídio doloso com o agravante de requintes de crueldade.
Já a defesa se apegou à tese de que o cabo do Exército tentou subir na carroceria da caminhonete, desequilibrou-se e teve a perna enganchada no feixe da mola ao cair. Ele se apegou ao laudo pericial para desmontar a tese de que houve atropelamento.
Para Rezende, seu cliente não teve intenção de matar, porque conseguiu impedir o atropelamento de uma motocicleta Biz e do carrinho de cachorro-quente. "Ele deu ré normal", argumentou.
E ainda recorreu ao depoimento de um amigo da vítima, João Paulo Lopes, que conseguiu subir na caminhonete e desceu. De acordo com a defesa, o casal que estava em cima da carroceria garantiu que ele não pediu ajuda nem falou de que alguém tinha sido atropelado.
Cadáver