Cidades

De chapinha a tv, catadores exibem tesouros do Lixão

Redação | 08/01/2010 14:31

Ouro, eletrodomésticos, móveis e utensílios para beleza. O que parece vitrine de loja de departamentos é apenas uma parte dos produtos que catadores de Campo Grande encontram no Lixão da saída para Sidrolândia, que recebe a maior parte do lixo produzido na cidade. Os materiais são considerados verdadeiras recompensas pelo trabalho insalubre.

As historias de prendas encontradas são muitas, embasadas pelos objetos espalhados nos barracos da 'Portelinha', como os próprios moradores apelidaram o bairro ao lado do bairro Dom Antônio Barbosa, vizinho ao lixão. Aparelhos de dvd, televisores e chapinha de cabelo contrastam com a situação precária em que vivem as famílias.

Alguns são usados nas residências de quem achou, outros consertados e vendidos na comunidade. "Tudo isso aqui é achado lá", diz a catadora Edileuza Rosa de Souza, de 40 anos, ao apontar para o barraco vizinho.

Na casa dela, até brinquedos dos filhos foram encontrados no aterro. "A máquina tanquinho achei há cinco meses, quando começamos a trabalhar aqui", lembra.

O eletricista Marcos Antônio Alves de Souza, de 33 anos, fez dos achados um negócio. Há oito anos ele recorre ao lixão quando fica desempregado. Os materiais eletrônicos que encontra são consertados e comercializados, alguns apenas sob encomenda.

"Celular acha todo dia, de vários modelos", revela. Marcos conta que nos últimos cinco meses, recolheu pelo menos cinquenta ventiladores no local.

Segundo ele, até ouro é encontrado no lixão, misturado aos restos de comida e em meio ao chorume. "

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