Cidades

Criança espancada agonizou por pelo menos 24 horas

Redação | 09/03/2010 09:35

A menina Rafaela, de apenas três anos, que morreu no dia 28 de fevereiro agonizou por pelo menos 24 horas, conforme indica o laudo necroscópico que chegou ontem às mãos da delegada responsável pelo caso, Regina Mota, da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente).

O tempo de sofrimento da menina, porém, pode ter se estendido por até 36 horas, sem que a mãe ou o padrasto prestassem socorro. "Eles ignoraram completamente o sofrimento dela", diz a delegada.

A menina não tinha fraturas, mas conforme o laudo, lesão cerebral provocou a morte da criança e foi causada em um intervalo de 24 a 36 horas antes da morte. Além da lesão no cérebro, foram encontrados hematomas em várias partes do corpo como antebraço, mãos, abdômen e coxa, confirmando a suspeita de espancamento.

Segundo a delegada, tanto a mãe da menina Renata Dutra de Oliveira, de 22 anos quanto o padrasto Handerson Cândido Ferreira, de 25 anos, são considerados responsáveis. Ambos foram presos em flagrante e indiciados por maus tratos seguido de morte e devem responder por homicídio doloso.

Regina afirma que não há como isentar um dos dois das agressões, porque vizinhos e outras testemunhas, 12 ao todo, relataram em depoimento à Polícia que ambos se excediam nos corretivos aplicados à criança. Os vizinhos já haviam, inclusive, acionado o Conselho Tutelar, no dia 10 de fevereiro.

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