Cidades

Corumbá cobra prazos para chegada do Trem do Pantanal

Redação | 13/04/2009 18:21

Em audiência pública sobre a revitalização da malha viária para a volta do Trem do Pantanal, nesta segunda-feira na sede do Sindicato Rural, em Corumbá, a ALL (América Latina Logística) concessionária do serviço, foi pressionada a apresentar um cronograma de obras para o trecho Corumbá-Miranda.

Como ainda nem existe esse cronograma para os 150 km restantes do trecho, o prazo para a volta do trem no Pantanal deve mais uma vez ser esticado. Para 2010, é quase impossível. Portanto, o trecho Campo Grande-Miranda, onde o trem volta a operar a partir de 8 de maio, será por enquanto, a única opção para o turista.

"Por enquanto ainda não temos o verdadeiro Trem do Pantanal nos trilhos", criticou o prefeito Ruiter Cunha, durante seu discurso, na abertura da audiência pública. Segundo Ruiter, a volta do trem significa a recuperação da via férrea e grande perspectiva de transporte de cargas, especialmente pelas indústrias minero-metalúrgicas da região.

"Com a recuperação da via férrea, o trem vai trazer toda sua história e cultura de volta. Por isso, estamos ansiosos para que tenhamos possibilidades concretas de que num curto espaço de tempo o Trem do Pantanal seja de fato o Trem do Pantanal", enfatizou o prefeito.

Os vereadores corumbaenses e os deputados estaduais Paulo Duarte, Antônio Carlos Arroyo e Marcos Trad participaram da audiência, proposta pela Câmara de Corumbá.

Também estiveram no encontro o secretário municipal de Gestão Governamental, Cássio Augusto da Costa Marques, o secretário de Ações Sociais, Lamartine de Figueiredo Costa, o secretário executivo de Relações Institucionais, Carlos Porto, a diretora-presidente da Fundação Especial de Cultura e Turismo de Corumbá, Ligia Baruki, e os subsecretários de Comunicações Institucional, Lucinéia Barreto, e de Ações da Cidadania, Arturo Ardaya.

O gerente de operações da América Latina Logística (ALL) em Mato Grosso do Sul, Gerson de Almeida, e a gerente de relações corporativas e patrimônios da ALL, Ivana Helena Spir, representaram a concessionária na audiência pública no Sindicato Rural.

Almeida disse que as discussões com o governo estadual e a Serra Verde Express para a recuperação da malha ferroviária no trecho Corumbá-Miranda começam ainda este ano, após ser entregue o trecho Campo Grande-Miranda. "Vamos discutir o cronograma, toda a parte legal, para ver a viabilidade do trem vir ou não vir a Corumbá ", afirmou Almeida ao Diário Corumbaense. Segundo ele, um trecho de 40 km já foi revitalizado e faltam ainda 150 km.

"Vai depender dos estudos de viabilidade para ver e disponibilizar recursos para fazer esse trecho. Levamos 1 ano e meio para fazer os 200 km entre Miranda e Campo Grande, acreditamos que para fazer mais 150 km seria necessário mais 1 ano", acrescentou. Quanto aos custos do trecho, Almeida disse que a ALL deverá refazer o orçamento em função da crise mundial, que alterou o preço do ferro e outros materiais.

A diretora-presidente da Fundtur, Nilde Brun, disse que tem informações de que o trecho mais complicado para a revitalização da malha ferroviária seria entre Miranda e Porto Esperança por se tratar de um trecho alagado.

"Não sabemos do custo, todo o investimento é da ALL, que cumpriu o prazo e entregou a malha revitalizada no trecho Campo Grande-Miranda", afirmou ao Diário Corumbaense. "Sabemos que a ALL tem compromisso com o governador de revitalizar o trecho Corumbá-Miranda até o final de 2010. Se eles vão dar conta ou não, não sabemos, mas está assinado", acrescentou.

Segundo Nilde, a empresa que opera de Campo Grande a Miranda está vendendo o trem como produto, como eles já fazem no Paraná. Por isso, segundo ela, não existe a preocupação de o trecho não cortar efetivamente o Pantanal. "De Campo Grande até Aquidauana tem toda a parte de serraria, serra de Maracaju", acrescentou.

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