Cidades

Coordenador da UFMS diz que não "cancelou" eleição e vai recorrer da decisão

Leonardo Rocha | 21/06/2013 13:58
Acadêmicos de engenharia da UFMS afirmaram que eleição foi cancelada por manobra de atual coordenador (Foto: Marcos Erminio)
Acadêmicos de engenharia da UFMS afirmaram que eleição foi cancelada por manobra de atual coordenador (Foto: Marcos Erminio)

O coordenador da Faenge (Faculdade de Engenharia), Amâncio Rodrigues da Silva, declarou a equipe do Campo Grande News que não se reuniu com a comissão para “suspender” a eleição da direção da Faenge na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). De acordo com ele, esta decisão partiu dos integrantes da comissão e que apesar de estar impedido de participar do pleito, está recorrendo à decisão na Procuradoria Jurídica Federal.

Hoje de manhã cerca de 100 acadêmicos de engenharia realizaram protesto na universidade denunciando que o atual diretor havia feito uma “manobra” para que a eleição não acontecesse. Eles declararam que Amâncio havia se reunido com o presidente da comissão eleitoral, Robin Pereira Kosloski, e que os dois juntos haviam decidido pelo cancelamento.

“Na verdade não se trata de uma eleição direta e sim uma consulta aos técnicos administrativos, docentes e alunos de engenharia sobre qual candidato preferem, pois a comissão irá elaborar uma lista tríplice e depois a reitoria decide pelo comando”, explicou o coordenador.

Rodrigues está impedido por decisão judicial de participar desta lista, pelo fato de já ter comandado a coordenadoria por duas vezes consecutiva, o que segundo o regimento interno da UFMS, é proibido. “Já estou recorrendo desta decisão, por enquanto o meu nome não pode ficar na cédula, mas espero que esta situação se reverta”, explicou ele.

O coordenador admite que esteve duas vezes no comando da Coordenadoria de Ciências Exatas e não de engenharia. “Houve uma divisão, em que a coordenação de Ciências Exatas foi divida em quatro departamentos, então o de Engenharia ainda é novo”, ponderou. De acordo com a decisão judicial, a Faenge corresponde à mesma “hierarquia” da antiga coordenação. “É uma questão jurídica que iremos travar”, ponderou Amâncio.

Luciana Cambraia, professora de Engenharia e presidente da Mesa 3, destacou que esta decisão não foi de toda comissão e apenas de dois membros. “Não fomos consultados, ficamos sabendo por meio de uma ligação da secretária, sem que fosse explicado o motivo do cancelamento”, revelou.

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