Cidades

Conselho repudia redução de aulas de Educação Física em escolas de MS

Vinícius Squinelo | 31/01/2014 23:18

O Conselho Regional de Educação Física emitiu um comunicado, repudiando a redução da carga horária da matéria nas escolas públicas de Mato Grosso do Sul.

A resolução da Secretaria de Estado de Educação que reduz a carga horária de Educação Física nas escolas públicas de Mato Grosso do Sul foi publicada na edição do dia 24 deste mês, no Diário Oficial do Estado.

Com a mudança, os estudantes do 1º ao 5º passarão a ter somente duas aulas semanais. Antes da resolução, os alunos participavam de três aulas por semana. O CREF11/MS-MT (Conselho Regional de Educação Física da 11ª Região/ MS-MT) repudia a decisão da SED e enviará um ofício a Secretaria advertindo a mudança.

“A atividade física ajuda no desenvolvimento motor, intelectual e cognitivo. Essa mudança pode ser considerada um retrocesso, pois atinge justamente a fase em que a criança está em desenvolvimento e mais precisa das aulas de Educação Física”, explica o presidente do CREF11/MS-MT, Ubiratam Brito de Mello.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 2013, Campo Grande é a capital que possui a maior quantidade de pessoas com excesso de peso (58,3%), seguida por Porto Alegre (54,1%) e Rio Branco (53,9%). A capital com mais obesos é Rio Branco (21,3%), seguida por Natal (21,2%) e Campo Grande (21%).

“A decisão vai na contra mão da via. Deveriam estar sendo desenvolvidas políticas públicas para combater a obesidade e não diminuir a atividades física. Hoje temos muitas crianças acima do peso e a atividade física escolar é um importante aliado para reverter esse índice” , ressalta a conselheira do CREF11/MS-MT, Marilena Giácomo.

Sessenta minutos de atividades físicas por dia. É o que recomenda um estudo do Departamento de Saúde e Serviços Humanos americano quando o assunto é a redução dos índices de obesidade infantojuvenil. Intitulado de Physical Activity Guidelines for Americans, o documento revela que não seguir essa recomendação pode comprometer a saúde desse público e seu bem-estar ao longo da vida.

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