Cidades

Comissão da ONU visita MS para apurar violação de direitos humanos

Nadyenka Castro e Luciana Brazil | 26/03/2013 12:39
Secretário de Justiça, Wantuir Jacini. (Foto: João Garrigó)
Secretário de Justiça, Wantuir Jacini. (Foto: João Garrigó)
Roberto Garreton, chefe da delegação da ONU. (Foto: João Garrigó)

Comissão da ONU (Organização das Nações Unidas) está em Mato Grosso do Sul para verificar violação de direitos humanos. Não há denúncias sobre a situação, mas, Campo Grande foi uma das cinco cidades do Brasil escolhidas pela entidade para fazer parte de um relatório sobre o assunto.

As mais de 10 pessoas que integram a comissão reuniram-se com o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, na manhã desta terça-feira. Foram cerca de duas horas de conversa.

De acordo com o chefe da delegação da ONU, Roberto Garretón, o objetivo da visita é investigar crimes de tortura, violência contra a mulher e contra a liberdade de expressão. “Nesses casos, a principal vítima é o Estado”, declarou Roberto.

Conforme ele, a comissão irá fazer um relatório sobre a saúde, trabalho e execução penal de detentos do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, de responsabilidade do Estado, e da Penitenciária Federal de Campo Grande, administrado pelo Ministério da Justiça. Também será verificado prisões arbitrárias.

O documento será entregue ao Itamaraty, que apresenta respostas. Em março de 2014 será divulgado o resultado final do trabalho, na sede da ONU, em Genebra, Suiça.

Segundo o secretário de Justiça, durante a reunião, foi explicado aos representantes da ONU como funciona o cumprimento às leis de execução penal no Estado. Jacini não deu detalhes do encontro.

Jacini disse ainda que não há denúncias de violação de direitos humanos e que também será verificado pela comissão a separação de presos por crimes e incompatibilidade de convívio. O secretário afirmou que a ONU não fez questionamentos sobre casos específicos.

No presídio estadual a ser visitado pela ONU estão 640 presos. A capacidade é para mil. A comissão fez a mesma tipo de trabalho em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e irá passar por Brasília.

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