Começam depoimentos de acusados de esquema em prisão

Começou há pouco na 2ª Vara Criminal de Campo Grande o interrogatório dos envolvidos em um esquema de corrupção na Colônia Penal Agrícola de Campo Grande. O processo tem 13 réus.

Os depoimentos começaram pelo preso Mário Estevão Pereira, apontado como o responsável pelo controle das propinas que eram pagas para que presos saíssem irregularmente do presídio semi-aberto. Com ele foi encontrada uma agenda, uma espécie de livro-caixa, com todos os pagamentos.

A imprensa não tem acesso à sala onde ocorrem os depoimentos. Ao chegar para ser ouvido, o detento procurou se esconder de cinegrafistas e fotográfos. 

O esquema de corrupção foi descoberto em investigação da Derf (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Roubos e Furtos).

Os servidores recebiam dinheiro dos presos para que não fosse dada falta a eles. O valor variava acordo com a quantidade de dias que o interno ficaria fora e também conforme as condições financeiras de cada um.

O esquema envolvia o diretor da unidade na época, Livrado da Silva Briga, o também ex-diretor Luiz Carlos dos Santos, e os agentes penitenciários Gilmar de Oliveira Figueiredo, Miguel Coelho e Ricardo Baís Moreira. Todos foram presos dia 25 de abril.